| 27/04/2010 16h01min
Pense rápido: quantas pessoas você conhece que tem pelo menos uma tatuagem – seja aquele detalhezinho no punho ou um grande desenho na perna? Pois bem, aposto que já se lembrou de algumas... A tatuagem virou moda e os estúdios estão cheios de profissionais que exibem a arte de desenhar no corpo humano. Mas as tattoos fazem a diferença?
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Para a relações públicas Rosane Azevedo, a tatuagem acaba fazendo parte da personalidade de cada um. “A pessoa tem que sentir bem com a sua ou suas tattoo(s). Cada um tem seu estilo próprio. Pra mim faz a diferença. Acho bacana poder eternizar em nosso corpo, através da tatuagem, momentos marcantes”. Rosane fez a sua primeira tatuagem em 2002, com 18 anos, e já tem no currículo, ou melhor, no corpo, cinco tatuagens. “Por enquanto”, enfatiza!
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Para esclarecer algumas dúvidas sobre esse tipo de arte, confira a entrevista que fizemos com o tatuador Huellington Robert Vargas da Silva, do Atelier Ton da Arte.
hagah: Por que você decidiu ser tatuador?
Huellington: Decidi ser tatuador porque sempre desenhei e acredito que uma boa área pra quem gosta de desenhar.
hagah: É um pré-requisito todo tatuador ter tatuagem?
Huellington: Não. Eu tenho uma tatuagem (que por sinal não é visível) e conheço bons tatuadores que também têm poucas tattoos. Não é a capa de um livro que o faz ter uma boa história!
Foto: Stock Photos, Divulgação
hagah: O maior desejo das pessoas que vão fazer uma tattoo é pra ser diferente? Qual é o argumento que elas usam?
Huellington: Existem n motivos para se ter uma tattoo, desde uma questão de estética, pra homenagear uma pessoa, pra marcar algum acontecimento importante, etc. Acredito que a ideia de ser diferente é muito pessoal e não precisa de uma tattoo pra que isto ocorra. Ser normal já é ser diferente!!! A maioria de meus clientes já vem com um estereótipo, um modelo comum. São poucos os casos de querem algo personalizado, mesmo argumentando que devemos buscar este “diferente” até pra sair do comum.
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hagah: Menores podem fazer tatuagem?
Huellington: Não deveriam, mas isso ocorre. Eu não faço no meu estúdio. Isto é uma questão de ética e moral do tatuador. O corpo de uma adolescente sofre transformações naturais até o começo da fase adulta e pode modificar o desenho com o local tatuado. Lembrando que, quem tem consciência deve pensar pelo cliente, ou seja, não ter uma visão apenas comercial, mas pensar que ele(a) pode mudar de ideia mais tarde. Até porque nós, como adultos, trocamos de opinião com argumentos ou fatos lógicos.
hagah: Qual é o desenho que as pessoas mais pedem?
Huellington: Infelizmente, nome do(a) companheiro(a), estrelas, coisas que estão na mídia popular.
hagah: Qual o desenho mais bizarro que já te pediram pra fazer?
Huellington: Para mim, pedir estrelinhas ou algo que pra pessoa não tem sentido.
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hagah: Há ainda preconceito em relação a ter o corpo tatuado?
Huellington: Não posso falar com propriedade sobre isso (porque eu não tenho o corpo todo tatuado), mas se eu também falar que não existe estarei mentindo.
Foto: Divulgação
hagah: Quando a tatuagem passou a ser algo mais aceito na sociedade?
Huellington: Acredito que quando acabou sendo visto como arte e estes artistas da tatuagem saíram de lugares escondidos para demonstrar esta arte através dos estúdios e também com a busca de conhecimento e técnicas inovadoras. Não podemos deixar de lado também a fiscalização da Vigilância Sanitária e órgãos competentes e fabricantes de material de body arte que acreditaram nesta tendência.
HAGAH PR
Rosane exibe uma das cinco tatuagens que tem, Kwan yin. “Mas ainda não está pronta”, lembra!
Foto:
Huellington Robert, Divulgação
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