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Itapema FM  | 20/07/2016 07h31min

São Paulo Companhia de Dança leva múltiplas linguagens à Noite de Abertura

Uma das principais no País, ela é a atração da primeira noite do Festival de Joinville

Cláudia Morriesen  |  claudia.morriesen@an.com.br

 

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Mais do que oferecer grandes espetáculos, as noites especiais do Festival de Dança de Joinville têm o objetivo de apresentar para seu público, formado principalmente pelos jovens estudantes de dança, coreografias que possibilitem aprendizado. Neste sentido, a São Paulo Companhia de Dança (SPCD) cumprirá as duas tarefas com êxito na Noite de Abertura, que ocorre hoje, às 20 horas: três coreografias de seu repertório serão levadas ao palco do Centreventos Cau Hansen, com a promessa de encantar a plateia e inspirar os bailarinos-espectadores.

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A noite começa com Petite Mort, criação do checo Jiri Kylian, considerado um dos coreógrafos mais inspiradores dos últimos 30 anos pelo New York Times. Executada sobre dois concertos de Mozart para piano, a obra tem seis homens e seis mulheres em cena e fala sobre o prazer da entrega aos momentos, com a lembrança da morte sempre presente.

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A segunda peça é do alemão Uwe Scholz, fundador do Leipzig Ballet, pelo qual passou o atual diretor artístico da São Paulo Companhia de Dança, Giovanni di Palma, que remontou Suíte para Dois Pianos no ano passado especialmente para a companhia. A obra tem movimentos inspirados nas telas do artista plástico russo Kandinsky.

Por fim, Gnawa, de Nacho Duato – um clássico do repertório da companhia – trata da relação do ser humano com o universo por meio dos quatro elementos fundamentais (água, ar, fogo e terra).

Começa hoje em Joinville o maior Festival de Dança do mundo

– Vamos da sapatilha de ponta à meia-ponta e aos pés no chão – brinca a diretora da SPCD, Inês Bogéa. – Com isso, mostramos aos participantes do Festival a importância da formação múltipla, de ser um poliglota da dança.

A dança renasce em Joinville e a cidade se consolida no cenário de formação de bailarinos

Entre as inovações da companhia, mantida pelo governo do Estado de São Paulo, está uma que afeta espectadores que, de outra forma, poderiam não sentir tanta graça em um espetáculo de dança: recursos de acessibilidade comunicacional, com a tecnologia do aplicativo Whatscine, que transmite para smartphones e tablets os recursos de audiodescrição, de interpretação em Libras e de subtitulação, transmitindo ao público cego e surdo informações sobre cenário, figurino e movimentos dos bailarinos.

O ciclo da dança

Entre os 35 bailarinos da São Paulo Companhia de Dança que integram o elenco da Noite de Abertura do Festival de Dança, há pelo menos quatro que conhecem bem o palco do Centreventos Cau Hansen. Luiza Yuk e Vinicius Vieira Veiga saíram de Joinville com diplomas da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, enquanto Yoshi Suzuki e Ammanda Rosa já voltaram para casa com medalhas de ouro de melhor bailarino e melhor bailarina na Mostra Competitiva do Festival.

Outros dois ex-alunos do Bolshoi Brasil, que deixaram a escola antes da formatura em busca de outras oportunidades, também fazem parte do grupo: Nielson Souza e Lucio Kalbusch. Com isso, concluem o ciclo esperado pela organização do evento.

– Eles passaram por Joinville como estudantes e, agora, retornam em uma grande companhia profissional. É isso que desejamos aos participantes: que sigam em frente e possam viver da dança – afirma o presidente do Instituto Festival de Dança, Ely Diniz.

Foi em busca desta oportunidade que a gaúcha Luiza voltou ao Brasil. Ela, que fez parte da primeira formação da Cia. Jovem Bolshoi, em 2008, passou pelo Canadá e pela Alemanha antes de conquistar uma vaga na São Paulo Companhia de Dança e poder dançar em um grande grupo profissional em seu próprio país.

– Acho que Joinville é o berço do profissional da dança – avalia a jovem.
– Há uma energia aqui que parece impulsionar carreiras.

Também formado pelo Bolshoi, Vinicius fez a primeira audição da vida para a SPCD enquanto ainda era integrante da Cia. Jovem Bolshoi. No entanto, a rotina não mudou com a ida para a capital paulista.

– Aqui, eram oito horas de aulas e ensaios, e a escola dava todas as oportunidades para entrarmos em cena e aprendermos do clássico ao contemporâneo. Então, a todo instante havia mostras da realidade de um artista profissional – comenta ele.

Agende-se:

O quê: 34° Festival de Dança de Joinville.
Quando: de quarta até 30 de julho.
Onde: Centreventos Cau Hansen, Expocentro
Edmundo Doubrawa, Teatro Juarez Machado, praças, shoppings e outros espaços da cidade.
Quanto: os ingressos para as noites especiais, Mostra Competitiva, Meia Ponta, Mostra Contemporânea e Estímulo Mostra de Dança estão à venda no site oficial www.festivaldedanca.com.br e na sede do Instituto Festival de Dança (Centreventos), de segunda a sexta-feira, das 10h às 12h e das 13h30 às 17h30. A entrada na Feira da Sapatilha e nos espaços públicos é gratuita.

A NOTÍCIA
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