Itapema FM | 09/02/2016 12h29min
Alô, povão, agora é sério! Depois de anunciar que estava “voltando para mais” com o single Back for More no ano passado, o francês Breakbot lança o álbum Still Waters. Isso significa um novo punhado de canções banhadas em disco music e funk com respingos de house, exalando uma atmosfera retrô que celebra o lado mais elegante da década de 1980. Tudo muito tranquilo & favorável, como diz aquele batidão viral.
Caso você não esteja ligando o pseudônimo à pessoa, saiba que o produtor gaulês chama-se Thibaut Berland e alcançou relativa fama por meio de remixes nos quais deixava clara a sua marca autoral (veja lista abaixo). A estreia em disco, By Your Side (2012), só escancarou o pendor para revisitar timbres e cadências típicos de 30 anos atrás – sensação que continua explorando com maestria neste segundo trabalho.
E também com mais vocais. Irfane, parceiro da empreitada anterior, ampliou sua participação e aparece em oito das 13 faixas. Pelo menos duas sugerem outras direções à nostalgia proposta por Breakbot: a balada sexy 2Good4Me e a insinuante All it Takes, com seu arremedo de electro. Mas é a “tradicional” My Toy, cantada por Yasmin, que traz o tempo de volta para o seu devido lugar: alguma pista em que a felicidade não seja medida em batidas por minuto.
5 remixes com o toque do francês
1 | Pacific!, Hold Me (2008)
2 | Pnau, Baby (2008)
3 | Jamaica, I Think I Like U 2 (2010)
4 | Chromeo, When the Night Falls (2011)
5 | Phoenix, Trying to Be Cool (2013)
Pintou o reggae
Da paradisíaca Guarda do Embaú, Zabeba manda as mais positivas vibrações com O Praiólogo. Em seu segundo disco, ele investe em uma produção caprichada – a cargo de Cléo Borges, do Iriê –, que rega as raízes enquanto acena para roupagens mais modernas do reggae. A trocadilhesca Guardado em um Baú já é hit em luaus na referida praia e o ragga rola solto em Evocando a Vibe, além de impregnar a já conhecida Bem-vindo à Selva (citada nesta coluna há duas semanas na coletânea Tartakingdom Reggae Mix). A gravação e a prensagem do CD foram bancadas com o trabalho que o rapaz divide com a música: pintor de paredes. É um detalhe dito aqui sem nenhum paternalismo, mas que aumenta a simpatia por um artista que não espera edital para fazer acontecer.
LANÇAMENTOS
Abayomy Afrobeat Orquestra, Abra Sua Cabeça – Surgida em 2009, a banda carioca milita na praia de Bixiga 70 e outros grupos brasileiros que recentemente acordaram para a riqueza da música africana. Este segundo álbum conta com participações de Otto, Céu, Jorge du Peixe e Tony Allen – este último, o baterista que acompanhava o gênio do afrobeat Fela Kuti. Em uma palavra: riqueza.
Night Beats, Who Sold My Generation – Terceiro disco do trio do Seatlle que oscila entre aspereza de garagem e requintes de psicodelia. Os resultados mais interessantes surgem quando junta suas duas naturezas, como em Right/Wrong, Sunday Morning e Burn to Breathe. Da união do preto da graxa com as cores do tie dye surge um pequeno épico, Egypt Berry, que fecha o disco em tom de catarse.
Produtor investe em uma atmosfera retrô que celebra o lado mais elegante da década de 1980
Foto:
Ed Banger Records
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Divulgação
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