Na última segunda-feira, o editor Charles Cosac anunciou o encerramento da editora Cosac Naify, em entrevista ao jornal Estado de S. Paulo. O fechamento se dá pela decorrência da situação deficitária pelo alto investimento que demandam seus projetos editoriais, alguns com produção gráfica sofisticada e sem garantia de retorno financeiro.

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Com quase 20 anos de mercado e 1.600 títulos no catálogo – de clássicos como Tolstoi a monografias de artistas, passando por romancistas estrangeiros como Enrique Vila-Matas e Valter Hugo Mãe –, o encerramento da Cosac Naify repercutiu entre escritores, que lamentaram nas redes sociais o fim das atividades da editora. Veja alguns relatos:

Angélica de Moraes

Valter Hugo Mãe



Eliane Brum

Que ano tão cheio de perdas... pequenas, grandes, enormes https://t.co/TS8wt4s7sm Cosac Naify fecha as portas

— Eliane Brum (@brumelianebrum) 1 dezembro 2015

Daniel Galera

Quanta coisa maravilhosa li e ainda lerei (são tantos) em livros da @cosacnaify. Vou dormir com esperança de reviravolta.

— Daniel Galera (@ranchocarne) 1 dezembro 2015

Daniel Pellizzari

Adeus e obrigado por tudo, @cosacnaify. Foi demais.

— Daniel Pellizzari (@cabrapreta) 1 dezembro 2015

De acordo com o diretor financeiro da editora, Dione Oliveira, apesar do anúncio, ainda não há uma data exata para o encerramento das atividades.

— A Cosac Naify vai honrar seus compromissos com clientes e fornecedores. Se houver livros selecionados nos editais do governo, eles serão entregues — afirmou em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. 

A editora surgiu como editora com o livro Barroco de Lírios, de Tunga, e vai encerrar sua história também com um livro do artista pernambucano, ainda em preparo.