Itapema FM | 06/11/2015 07h31min
Muito mais do que na pele, a tatuagem está encravada na cultura: por mais que pareça uma “onda” contemporânea, faz parte da história da humanidade há pelo menos 3.500 anos. É claro que ela evoluiu em questões como design e tecnologia, que mudaram principalmente nas últimas décadas.
Para acompanhar estes movimentos e trocar ideias entre os profissionais da área, a 3ª Convenção Internacional de Tatuagens de Joinville começa nesta sexta-feira e vai até domingo, no complexo da Expoville.
– A convenção também serve para tirar dúvidas e facilitar o acesso a esta área. Há quem pense que um estúdio de tatuagem é um “antro” e, ao ir ao evento, se impressiona ao perceber que o público é formado, em grande parte, por famílias – afirma o tatuador Sandro Chaves, mais conhecido como Maga, que organiza a convenção desde 2013.
Além de quebrar preconceitos e reunir pessoas que dividem a mesma paixão, o evento oferece seminários, workshops e palestras, de forma a possibilitar a renovação do conhecimento de profissionais experientes e informar os novatos.
Segundo Maga, os últimos dez anos foram decisivos para o desenvolvimento de novas ferramentas e das técnicas de tatuagem, com inovações como os efeitos que dão ao desenho a sensação de tridimensionalidade.
– É uma forma de arte, uma arte viva. Há muitos artistas visuais que migram para a tatuagem e, em pouco tempo, tornam-se grande profissionais da área – avalia Maga.
Na primeira convenção, há dois anos, a expectativa era relativamente baixa: esperava-se que duas mil pessoas passassem pelo evento. Vieram cinco mil.
Para a edição que começa nesta sexta-feira, espera-se até 20 mil pessoas. Por isso, ela deixou o Expocentro Edmundo Doubrava para utilizar o pavilhão A da Expoville, com maior capacidade de público. Lá dentro, 200 estandes abrigarão os trabalhos de mais de 800 tatuadores vindos de várias cidades do Brasil e de outros 12 países. Shows, concursos, exposições de arte e campeonatos completam a programação.
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O fotógrafo Arlei Schmitz, 40 anos, estará lá, com a mulher e o filho — os dois já têm ideias para tatuagens que farão durante a convenção. Para Arlei, que entre outros desenhos tem uma câmera tatuada na perna e um diafragma fotográfico no braço, formando uma tatuagem biorgânica (quando mistura elementos da mecânica e partes do corpo), a tatuagem é como uma vestimenta.
– É como usar a roupa que eu mais gosto todos os dias. Por isso, é importante escolher bem, já que você a usará para o resto da vida – analisa.
Para o empresário Sérgio Luiz Cardoso Jr, 29 anos, tatuagem nada tem a ver com moda: é um estilo de vida. Ele começou a desenhar no corpo aos 17 anos, com uma homenagem ao pai que morrera. Agora, elas se estendem pelos dois braços e se espalham pelo corpo, com mensagens e artes que remetem à espiritualidade e ao filho, Benjamin.
– Tudo o que eu gosto está exposto no meu corpo. É uma forma de expressão – Sérgio define.
Agende-se:
O QUÊ: 3a Convenção Internacional de Tatuagem de Joinville.
QUANDO: sexta-feira, das 12 às 22 horas; sábado, das 10 às 22 horas; e domingo, das 12 às 21 horas.
ONDE: pavilhão A do Complexo Expoville (rua 15 de Novembro, 4.315, Glória).
QUANTO: R$ 20. Com a doação de um quilo de alimento não perecível, R$ 15.
Para Sérgio Luiz Cardoso Jr, tatuagem nada tem a ver com moda: é um estilo de vida
Foto:
Rodrigo Philipps
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