Itapema FM | 17/09/2015 21h53min
O nanossatélite Serpens, desenvolvido por um consórcio integrado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com outras quatro universidades do país, foi lançado na manhã desta quinta-feira a partir da Estação Espacial Internacional. A operação foi feita pela Agência Espacial Japonesa (Jaxa).
O equipamento, financiado pela Agência Espacial Brasileira (AEB), está em órbita a uma altitude de cerca de 400 quilômetros e funciona como previsto, sendo capaz de receber e devolver mensagens que podem ser baixadas de qualquer lugar do planeta.
Cerca de 30 minutos após o lançamento, o sistema foi ligado e as antenas do artefato liberadas, deixando o pequeno objeto pronto para se comunicar com a Terra.
— Um radioamador brasileiro captou sinais e nos enviou. Decodificamos os sinais de identificação e comprovamos que é mesmo o Serpens — comemorou o diretor de satélites da AEB, Carlos Gurgel.
Ele explicou ainda que o satélite tem uma assinatura única que permite a identificação.
— Agora, vamos colher mais dados e começar a trabalhar com ele. Por enquanto, estamos só rastreando — disse Gurgel.
O nanossatélite deve ficar em órbita por seis meses, tempo em que vai perdendo a velocidade até "cair", sendo desintegrado após entrar na atmosfera terrestre. Segundo Gurgel, a expectativa sobre o equipamento era grande, principalmente por parte dos estudantes universitários que participaram de todas as fases do projeto.
O satélite é o primeiro do projeto Sistema Espacial para Realização de Pesquisa e Experimentos com Nanossatélites, um consórcio entre a AEB e universidades federais para o desenvolvimento de nanossatélites de baixo custo por estudantes universitários. O objetivo é capacitar profissionais e consolidar novos cursos de engenharia espacial no país.
O equipamento custou cerca de R$ 800 mil, além dos gastos com o lançamento, cerca de R$ 3 milhões, pois o Brasil não tem veículo lançador.
Além da UFSC participaram do projeto as universidades do ABC (Ufabc), de Minas Gerais (UFMG), Universidade de Brasília (UnB) e o Instituto Federal Fluminense (IFF). Atuam no projeto também a universidade de Vigo (Espanha), Sapienza Università di Roma (Itália) e Morehead State University e California State Polytechnic University (EUA).
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