Não ter os dois braços pode parecer um problema muito grande para qualquer pessoa. Mas ao longo dos seus 32 anos, Jessica Cox prova que isso não impede a realização de nada. Muito pelo contrário, a norte-americana se tornou a primeira piloto de avião sem braços da história e também conseguiu chegar à faixa preta de Taekwondo.

Jessica nasceu sem os braços, em um caso que ainda não foi explicado pela medicina, visto que sua mãe teve uma gestão saudável. Ela até chegou a usar próteses na adolescência, mas preferiu deixá-la de lado aos 14 anos.

— Elas foram mais como uma gaiola para mim — explicou.

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A piloto, que também dá palestras motivacionais, contou à revista Marie Claire um pouco da sua história. Sobre como começou a pilotar, ela explica que inicialmente teve medo da ideia, mas resolveu topar o desafio:

— Se você me perguntasse sobre a obtenção de uma licença de piloto antes de 2005, eu diria que você estava louca. Depois de me formar na faculdade, um piloto de caça me perguntou se queria voar em um monomotor. Sempre tive um medo de estar em um avião, mas aceitei a oportunidade. Fiquei viciada e fiz um comentário sobre me tornar uma piloto. Queria motivar os outros a não deixarem o medo ficar no caminho das oportunidades.

Jessica também falou sobre o medo de voar e a dificuldade encontrar uma aeronave que lhe permitisse guiá-la. Mas relata que, mais difícil do que isso, foi encontrar um sistema prático para se vestir.

— Ah sim, se vestir é um processo. Eu sempre digo que é a tarefa física mais difícil para alguém sem braços. Colocar uma camisa não foi nada demais, mas vestir calças e calcinha foi uma questão quando era criança. Levei de 10 a 11 anos para descobrir um sistema que iria funcionar. Eu uso um gancho que prende na parede, parecido com aqueles que ficam atrás das portas para pendurar roupas. Posso levar para qualquer lugar que for — explicou à revista.

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Outro detalhe que chama atenção na vida de Jessica é a faixa preta de Taekwondo. Ela começou a praticar o esporte com 10 anos, juntos com os irmãos. Diz que foi uma ótima maneira de aliviar a raiva e a frustração em forma de chutes. Hoje, ela é faixa preta de terceiro grau.

— Minha mãe precisou me colocar em algo que canalizaria minhas emoções de uma forma muito positiva, e, de acordo com o meu irmão, realmente ajudou — contou.

No Facebook ela publica várias fotos de suas atividades, vejam:

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* Diário Gaúcho