Itapema FM | 24/08/2015 02h59min
ATENÇÃO, O TEXTO ABAIXO CONTÉM SPOILERS DO PRIMEIRO EPISÓDIO DE FEAR THE WALKING DEAD
Nos 90 minutos do primeiro episódio de Fear the Walking Dead, série derivada do sucesso The Walking Dead que estreou nesse domingo, nós vimos um total inacreditável de TRÊS zumbis. Quem está acostumado com a horda de “walkers” que aparece no caminho de Rick Grimes e companhia desde o início, no seriado original, pode ter ficado decepcionado. Mas o fato é que a proposta do novo programa é justamente mostrar o começo da epidemia zumbi, que, como nós espectadores sabemos, transformará os Estados Unidos em terra arrasada em não muito tempo.
Mas isso é o que nós sabemos. Na Los Angeles do primeiro episódio, a vida corre normalmente. Carros nas ruas, aviões no céu, estudo, trabalho — todos estão alheios à desgraça que se espalha pela cidade.
Como TWD, a história começa com um dos protagonistas acordando, sem saber muito bem onde está. Em vez de Rick, o xerife, que acorda em um hospital, agora é Nick (os nomes parecidos não devem ser mera coincidência), um rebelde drogado, que desperta em uma igreja abandonada. Logo, em busca de seus amigos, ele encontra o primeiro walker da série, Gloria, que devora outra pessoa.
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Assustado, Nick (Frank Dillane) foge da igreja e é atropelado, sendo levado ao hospital. É então que encontramos os outros três protagonistas: Travis (Cliff Curtis), sua namorada e mãe de Nick, Madison (Kim Dickens), e a filha dela, Alicia (Alycia Debnam-Carey).
Na próxima meia hora, praticamente nada acontece, apenas a apresentação dos personagens. Travis e Madison (já dá para odiar um personagem?!) são professores e recém começaram a morar juntos, Alicia é uma garota inteligente que vai para uma universidade famosa, e Nick é a ovelha negra, sempre com problemas de drogas e fugindo da família. No meio dos dramas familiares, dá-se a entender que já se desconfia que há algo de estranho acontecendo, mas ninguém dá muita bola.
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Quando Nick acorda no hospital, ele não sabe se o que viu é verdade ou apenas uma alucinação causada pelas drogas. E, claro, ninguém leva muito a sério os seus relatos (“todo mundo estava morto”), principalmente a mãe (de novo, já dá para odiar?!).
Apenas na última meia hora que começa a acontecer alguma coisa. Um vídeo da polícia tentando matar (em vão) um walker que morde um dos socorristas viraliza na internet, e as pessoas começam a se perguntar o que está acontecendo. E, ao final, depois de matar seu fornecedor de drogas em legítima defesa, Nick pede ajuda a Travis e Madison, e os dois veem seu primeiro zumbi. O walker, claro, insiste em não morrer depois de Nick passar por cima dele com uma caminhonete (ainda não se sabe que o segredo é acabar com a cabeça do morto-vivo).
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(Aliás, ficou uma dúvida: no início da epidemia, não era apenas quem havia sido mordido por um walker que se tornava zumbi também, ou estou errada? O “todos estão infectados” não veio bem depois? Lembro da surpresa do Rick e do Carl, em The Walking Dead, quando o Shane virou um zumbi, apesar de ter sido morto por eles, e não por um walker. O traficante, com certeza, não foi mordido por zumbi nenhum antes de se tornar um deles. Seria um erro da produção? Opinem nos comentários.)
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No geral, a estreia foi um pouco decepcionante. Pode-se argumentar que é natural, já que estavam apresentando personagens e o início de todo o imbróglio. Mas o primeiro episódio da série zumbi-vampiresca The Strain, magistralmente dirigido por Guillermo del Toro, está aí para mostrar que é possível fazer um capítulo eletrizante mesmo tendo que apresentar o começo de uma epidemia e também os personagens. Dito isso, fica a esperança de os próximos cinco episódios desta primeira temporada serem mais dinâmicos e/ou emocionantes.
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