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Itapema FM  | 13/08/2015 03h02min

Tom Cruise mostra fôlego e carisma em mais um capítulo da franquia "Missão: Impossível"

Astro vive pela quinta vez o agente secreto Ethan Hunt, agora na caça de uma organização secreta que planeja criar uma nova ordem mundial

Marcelo Perrone  |  marcelo.perrone@zerohora.com.br

Missão: Impossível — Nação Secreta é o quinto título de uma franquia que estabeleceu com seus admiradores um pacto como aquele que há mais de 50 anos mantém renovado o interesse, por exemplo, pelas aventuras do agente secreto James Bond: seja quem for o diretor, basta seguir o manual e dosar com eficiência os ingredientes testados e aprovados de ação, aventura e suspense para garantir, no mínimo, um programa interessante para se investir o tempo e o valor do ingresso.

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Diante da indigência criativa que tem modulado os blockbusters do gênero, Missão: Impossível – Nação Secreta, em cartaz a partir de hoje, cumpre positivamente o que dele se espera: trama com ação frenética cheia de reviravoltas, Tom Cruise mostrando carisma e plena forma, aos 53 anos, para encarar as mais improváveis e perigosas sequências, um bom vilão maquiavélico (Sean Harris), uma deslumbrante agente que faz jogo duplo entre mocinhos e bandidos (Rebecca Ferguson) e coadjuvantes que ocupam bem as brechas que lhe são dadas (Simon Pegg, Jeremy Renner, Ving Rhames e Alec Baldwin).

A trama tem início no momento em que o Congresso dos EUA decide extinguir a IMF (Impossible Mission Force), unidade de operações ultrassecretas em razão dos estragos físicos e diplomáticos causados ao redor do mundo. Quem faz pressão para pôr fim à unidade é o enciumado chefão da CIA (Baldwin), que coloca sob sua supervisão o diretor da IMF, William Brandt  (Renner), e o agente especialista em tecnologia Benji Dunn (Pegg). 

O problema é que o grande astro da IMF, Ethan Hunt (Cruise), recusa-se a abandonar sua missão de campo: desbaratar o Sindicato.uma superforça que recruta agentes de diferentes nacionalidades com o propósito de criar uma nova ordem mundial. A determinação faz Hunt virar um renegado com a cabeça a prêmio enquanto percorre o mundo seguindo pistas da organização chefiada por Solomon Lane (Harris). Entre corpos empilhados e ossos quebrados, Hunt contará com o apoio logístico dos parceiros e da agente britânica Ilsa Faust (Rebecca), infiltrada no Sindicato.

De todos os diretores que já comandaram a franquia derivada de uma série de TV dos anos 1960 e aberta espetacularmente com Brian De Palma em 1996 —,  e que teve nas sequências o mestre do cinema de ação oriental Jon Woo, o prodígio da TV J.J. Abrams e o animador top da Pixar Brad Bird —, Christopher McQuarrie é o que reunia menos credenciais para tocar um projeto desse porte. O longa anterior do realizador, seu segundo, é exemplo da referida indigência criativa dos filmes de ação: Jack Reacher: O Último Tiro (2012), estrelado por Cruise. Mas tanto Cruise quanto Abrams, produtores da franquia, confiaram a McQuarrie a nova missão, inclusive dando-lhe o crédito de roteirista.

Afora uns deslizes para talvez agradar à fatia maior do público que hoje consome cinema nos shoppings, como o excesso de didatismo e reiteração em meio às tantas reviravoltas da trama, e os por vezes impertinentes alívios cômicos conduzidos pelo personagem de Simon Pegg, Missão: Impossível — Nação Secreta entrega ao espectador não apenas o que este espera no reencontro com a série. Percebe-se um empenho criativo para que o mais do mesmo não seja exatamente igual sempre.

Missão: Impossível — Nação Secreta
De Christopher McQuarrie
Ação, EUA, 2015, 122min, 12 anos. 
Cotação: bom

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