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Itapema FM  | 11/08/2015 05h32min

Em Memphis, um passeio pela vida de Elvis Presley

Elvis Presley, que teria completado 80 anos em janeiro, será lembrado no domingo, data de sua morte, por milhões de fãs. Para homenageá-lo, fazemos um tour por Memphis e outras duas cidades americanas dedicadas à música: New Orleans e Nashville

Rosane Tremea  |  rosane.tremea@zerohora.com.br

A maior cidade do Tennessee tem mais de um milhão de habitantes em sua região metropolitana. Se você, como nós, chegar de ônibus, fique atento: a rodoviária é longe do centro (pelo menos 20 minutos de táxi), e o valor da corrida pode ser o mesmo que você gastou na passagem (cerca de US$ 40). Táxis são meio raros e, a não ser na Beale Street, conseguir um lugar para comer depois das 22h é quase um drama.

A distância referida, aquela da rodoviária ao centro, é mais ou menos a mesma que tínhamos para ir de nosso hotel até Graceland, principal objetivo na viagem. A mansão que Elvis Presley comprou para viver aos 22 anos, em 1957, e onde morreu, em 1977, também fica nos arredores de Memphis. Optamos por contratar um tour que incluía os ingressos (US$ 49), o que resultou bem mais barato do que se fôssemos por nossa conta, como era o plano. Saímos bem cedinho pela manhã.

Graceland, a mansão de Elvis Presley. Foto: Rosane Tremea, Agência RBS

Considerado patrimônio histórico, o complexo reúne museu com os carros do rei rock, aviões, as roupas, lojas de suvenir (são 11, se não me falham a memória e as anotações!), cinema, restaurante e até hotel, o Heartbreak, batizado com o nome de uma de suas músicas mais famosas. A visita interativa à mansão é uma das mais organizadas que já fiz. Entra-se em grupo, tendo à mão um tablet, mas cada um faz seu roteiro, ouvindo as músicas, acompanhando vídeos e gravações extras.

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Tudo bem tranquilo, com tempo certo, mas sem pressa. Acaba no jardim, onde estão os túmulos de Elvis e de sua família (pai, mãe, avó, irmão, na foto abaixo). Para os fãs (a maioria, naquele dia, de cabeça branca), é quase impossível não se emocionar.

Foto: Rosane Tremea, Agência RBS

No caminho de volta, pedimos para desembarcar no Sun Studio, o lugar onde, dizem, nasceu o rock. Por ali, sob o comando de Sam Phillips, começaram suas carreiras Jerry Lee Lewis, Johny Cash e o próprio Elvis. Quase perdemos a única visita guiada a que poderíamos ter acesso (queríamos voltar ao nosso hotel para ver a Marcha dos Patos — leia no texto sobre o Peabody Hotel abaixo), o que teria sido uma lástima. A guia performática fez o grupo de umas 20 pessoas que se amontoavam nas peças pequenas rirem, cantarem, posarem com microfones. Uma outra imersão no mundo da música.

Foto: Rosane Tremea, Agência RBS

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Encerramos o dia na Beale Street, a Rua do Blues, fechada para os carros à noite. A pedida é entrar e sair das dezenas de bares e clubes de música ao vivo. Não se paga ingresso, então dá para variar. Ficamos a maior parte do tempo no Rum Boogie Cafe, com blues do bom e comida farta. Para quem vem de fora ou mesmo para quem vive nos Estados Unidos, é de estranhar que seja permitido fumar em ambientes fechados — nos bares, no caso — e beber na rua. Em New Orleans também se verá o mesmo.

Foto: Rosane Tremea, Agência RBS

Hotel
Escolhemos três hotéis históricos, dois deles catalogados no Historic Hotels of America, associação com mais de 260 estabelecimentos (para ser membro, o hotel precisa ter mais de 50 anos e ser reconhecido pela autenticidade e pela arquitetura). Nossa escolha fez a diferença, pelo conforto, pela localização e pela história.

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Peabody (Memphis) — Inaugurado como hotel em 1869, é uma construção imponente e marcante na história de Memphis. Por duas vezes, o Peabody fechou. Foi reaberto pela última vez, restaurado ao longo de seis anos e ao custo de US$ 25 milhões, em 1981. Celebridades — como a ex-mulher de Elvis Presley, Priscilla — se hospedaram/hospedam nos seus 464 apartamentos. Pelo tamanho, o atendimento poderia ser impessoal, mas não foi o que nos pareceu. Café da manhã a preço razoável, um músico sempre ao piano tocando blues/jazz e com direito, ainda, à famosa Marcha dos Patos, um curioso (seria esse o adjetivo?!) ritual cumprido às 11h e às 17h.

Há 75 anos, todos os dias, dezenas de pessoas se reúnem para ver cinco patos entrarem e saírem da fonte do lobby, junto ao bar, e se deslocarem, pelo elevador, até o terraço do hotel. Fica a poucas quadras da Beale Street, a rua mais famosa da cidade.

Rosane Tremea / Agencia RBS

Graceland, a mansão de Elvis Presley que hoje é um museu em Memphis, nos Estados Unidos. Na foto, roupas usadas por Elvis em shows
Foto:  Rosane Tremea  /  Agencia RBS


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