Com uma semana de atraso, o Brasil pode acompanhar, na noite de domingo, a estreia de I Am Cait. A série documental mostra a transformação de Bruce Jenner, 65 anos, patriarca do clã Kardashian-Jenner, em Caitlyn. No primeiro episódio, a produção mostra que está distante da linha de reality shows de Kim Kardashian e sua família, sendo sensível e educativa e passando longe do sensacionalismo tradicional de títulos como Keeping Up with The Kardashians.

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Série mostra a transformação do ex-atleta olímpico Bruce em Caitlyn Jenner

Já na primeira cena, Caitlyn pergunta à câmera com ares de preocupação: "Será que vamos passar a mensagem certa?". E essa indagação parece permear todo o contexto da atração, que mostra não só a transformação física a que Caitlyn se submete, mas mostra os laços familiares sendo modificados, os medos que sempre fizeram parte de seu cotidiano e vai além da vida dela. A mãe de Caitlyn, Esther, revela a dificuldade em se adaptar a esse novo período, porém deixa claro que o amor pela filha continua inabalável. Da filha caçula, Kylie, Cait recebe todo o apoio e até conselhos de moda e beleza.

O programa mostra como a ex-medalhista olímpica — conquistou ouro no decatlo em 1976 — deve agora ser tratada: sempre no feminino. Aliás, I Am Cait tem uma preocupação social bem definida. Ela e o programa querem conscientizar o público contra o preconceito com a comunidade trans. Além de contar que considerou o suicídio, para "acabor com a dor sem sofrimento" por não se enquadrar nos conceitos de feminino e masculino, Caitlyn traz dados sobre a violência contra pessoas trans e ainda visita a família de uma adolescente que se suicidou por não suportar a pressão.

I Am Cait é uma atração para ser acompanhada com os olhos da sensibilidade e do conhecimento sobre uma realidade que, na maioria das vezes, é invisível para grande parte da mídia e da sociedade.

SERVIÇO
I Am Cait
Série documental exibida aos domingos, às 23h.
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