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Itapema FM  | 18/07/2015 10h36min

Entusiastas dos discos de vinil movimentam mercado em ascensão

Em uma das maiores feiras de Florianópolis, discos custam de R$ 5 a R$ 500

Sansara Buriti  |  buritisansara@gmail.com

 

Eles são grandes, ocupam espaço, precisam de equipamento especial para funcionar. Mas não importa, praticidade não é o que buscam os fãs dos discos de vinil. Eles estão muito mais interessados em fazer do ato de ouvir música um momento especial, um ritual, uma experiência que envolve vários sentidos.

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- A música digital tornou-se algo sem graça. As pessoas sentem falta de manusear os encartes, trocar o lado do disco - conta Felipe Nobre, organizador da feira de vinil que reuniu cerca de 8 mil exemplares de 16 expositores dos Estados de Santa Catarina, Paraná e São Paulo, no último sábado, no Centro de Florianópolis.

Quanto mais raro, mais caro. Transa, de Caetano Veloso, é um dos álbuns nacionais mais procurados atualmente. Gravado em Londres e lançado no Brasil em 1972, quando o cantor voltou do exílio, custa de R$ 150 a R$ 300, dependendo do estado de conservação. Outra joia da música brasileira frequentemente garimpada nas feiras é A Tábua de Esmeralda (1972), de Jorge Ben.

- Esses eventos começaram nos grandes centros como São Paulo, Rio e Porto Alegre e agora também ocorrem em cidades menores como Joinville e Florianópolis. Em geral, o público da Capital procura MPB, reggae, black music e rock nacional - afirma Nei Cardoso, expositor de Curitiba, após vender três discos da Legião Urbana. Em um dia movimentado, expositores faturam de R$ 3 mil a R$ 3,5 mil.

Mais atual do que nunca

Além das raridades e reedições de clássicos, é possível encontrar álbuns de artistas recentes, que investem no formato para lançar suas produções. A procura crescente fez com que a Polysom, fechada em 2007 e única fábrica de vinil da América Latina, no Rio de Janeiro, retomasse a produção em 2010.

A fabricação e venda crescem vertiginosamente (cerca de 60% ao ano no Brasil e no exterior), impulsionadas não só por saudosistas, mas por jovens que descobrem agora a magia dos discos.

A próxima grande feira reunindo expositores de vários Estados está marcada para 10 de outubro, em Florianópolis. Outra opção para aumentar a coleção é a feira permanente do projeto Viva a Cidade, que ocorre aos sábados no Centro da Capital.
Lá se encontra de tudo, inclusive os bolachões.

 

DIÁRIO CATARINENSE
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