As indicações ao Emmy Awards, o Oscar da TV americana, foram divulgadas nesta quinta-feira, e as apostas para a cerimônia do dia 20 de setembro já começaram. Mais do que isso, contudo, ainda é época de lamentar as injustiças e os esquecimentos da Academia de Artes & Ciências Televisivas, conhecida pelas escolhas mais conservadoras. Veja a seguir uma análise do que mais chamou atenção entre os indicados ao prêmio.

Os campeões

Como no ano passado, o drama fantástico Game of Thrones lidera as indicações, concorrendo em 24 categorias, incluindo melhor série dramática e melhor atriz e ator coadjuvantes. Como no ano passado também, porém, GoT não deve levar muitos prêmios, especialmente nas categorias principais.

Outro campeão foi American Horror Story: Freak Show, que ficou em segundo lugar, com 19 indicações, seguido por Olive Kitteridge, com 13.

Daenerys em "Game of Thrones". Foto: HBO, divulgação

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Os esquecidos

Finalmente, a Academia indicou Tatiana Maslany, de Orphan Black, na categoria de melhor atriz principal em drama — ela já estava virando o Leonardo DiCaprio do Emmy, sempre sendo ignorada, apesar de ter mostrado várias vezes que merecia ser lembrada. Mas, de novo, muita série (e gente) boa ficou de fora.

Não dá para entender, por exemplo, como a premiação ignorou completamente uma das sensações do ano: Jane the Virgin. O programa deveria ter sido indicado, no mínimo, para melhor comédia, melhor atriz principal em comédia (Gina Rodriguez) e melhor ator coadjuvante em comédia (Jaime Camil). Os dois estão ótimos e, inclusive, estariam entre os favoritos a levar a estatueta (lembrando que Gina venceu o Globo de Ouro neste ano).

Outra sensação da temporada que ficou de fora foi Empire, tida como indicação certa na categoria de melhor drama, assim como seu protagonista, Terrence Howard, que também não foi indicado a melhor ator em drama. Uma das séries mais subestimadas no Emmy é The Americans, que novamente foi esquecida nas categorias principais.

Terrence Howard em "Empire". Foto: Fox, divulgação

Alguns esquecimentos não podem ser considerados injustos, como The Big Bang Theory não ter sido indicado como melhor comédia (a série tem caído de qualidade ano após ano). Habitués da lista na categoria atriz principal em drama, Julianna Margulies (The Good Wife) e Kerry Washington (Scandal) vêm apresentando mais do mesmo e, merecidamente, ficaram de fora.

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As injustiças

Nenhuma indicação é tão controversa como a de Emilia Clarke para melhor atriz coadjuvante em drama — o que já havia ocorrido em 2013. A atuação de Emilia como Daenerys não é um dos pontos fortes de Game of Thrones — os diálogos não ajudam, é verdade. Mas, mesmo ao lado da colega de elenco Lena Headey (Cersei), também indicada, já fica clara a diferença.

Além disso, Downton Abbey — uma das obsessões da Academia — não merecia mais uma indicação para melhor drama.

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Os favoritos

No ano passado, a temporada final de uma das melhores séries da história — Breaking Bad — foi a grande vencedora da noite, levando a maioria dos prêmios principais. Algo parecido pode acontecer em 2015, desta vez com Mad Men, que recentemente terminou seu sétimo e último ciclo se consolidando no rol de grandes produções televisivas. Deve ganhar nas categorias melhor drama e melhor ator principal em drama (Jon Hamm), podendo sair com outras estatuetas.

Entre as comédias, espera-se que Modern Family não leve sua sexta vitória seguida — mas não seria surpreendente se isso acontecesse, dada a obsessão da Academia com a série. No lugar, Silicon Valley, Transparent e Veep são boas opções.