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Itapema FM  | 06/07/2015 04h02min

"Outlander" usa viagem no tempo para criticar costumes

Seriado narra a saga de enfermeira transportada para o ano de 1743

Patrícia Rocha  |  patricia.rocha@zerohora.com.br

Na capa das edições em português da série de livros Outlander, uma pergunta se repete: "E se o seu futuro fosse o passado?". Eis o mote da saga criada pela americana Diana Gabaldon, que acompanha as peripécias de Claire Randall, uma enfermeira que, de repente, se vê em pleno ano de 1743. Best-seller mundo afora, a trama virou seriado no ano passado, disponível para o público brasileiro pelo serviço de streaming Claro Vídeo.

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Mas o presente de Claire (Caitriona Balfe, que fez uma ponta no filme Super-8) não são os dias de hoje, e sim 1945, justamente quando a II Guerra Mundial recém havia chegado ao fim. Depois de passar os últimos anos cuidando de feridos do exército britânico, ela ensaia uma reaproximação com o marido, Frank (Tobias Menzies, de Game of Thrones e Roma), em uma viagem às supersticiosas Terras Altas da Escócia. É lá que, em um passeio a um círculo de pedras, Claire acaba misteriosamente no século 18, em meio ao enfrentamento e às tensões entre clãs escoceses e tropas inglesas.

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Fiel aos acontecimentos narrados nos livros (lançados no Brasil pelo selo Saída de Emergência), a série tem uma boa reconstituição de época – ainda que sem mergulhar em ricos detalhes da história da vida privada como se viu em Roma, por exemplo. Também não embarca no realismo fantástico, como a aclamada Game of Thrones: afora a viagem no tempo, que Claire não sabe explicar, a trama é centrada no desafio de uma mulher em se adaptar a uma outra época, enquanto tenta provar aos escoceses que não é uma espiã inglesa e escapar dos perigos de uma sociedade movida a intrigas e dominada por homens.

Por falar em homens, claro que não falta romance: para garantir a proteção do clã escocês que a acolheu, Claire se vê obrigada a casar-se com o jovem guerreiro Jamie Fraser (o candidato a galã Sam Heughan). Apesar da culpa pelo marido que deixou no século 20, ela logo se dá conta de que não é tão ruim assim ser a mulher do único membro do clã afeito ao cavalheirismo.

Mas não espere por uma mocinha desprotegida. Com gênio forte e escaldada com as agruras dos tempos de guerra, Claire aprende a se impor naquele universo e se converte em uma heroína intempestiva, que serve bem ao propósito de turbinar a aventura aos olhos de leitores/espectadores.

Ao todo, Outlander tem 16 episódios, divididos em duas levas de oito, e a segunda temporada já está a caminho. Diversão garantida.

SEGUNDO CADERNO
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