Paulo Soares de Barros foi para os EUA em 2004 para fazer um intercâmbio, largou a faculdade de Ciências Contábeis e a vida no Rio Grande do Sul para arriscar tudo em terras americanas. Após tentar abrir um negócio e trabalhar em diversos restaurantes como garçom, o gaúcho postou seu primeiro vídeo no YouTube, em 2008, para ensinar inglês. Naquele ano, fez isso periodicamente.

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– Comecei a ganhar um pouco de dinheiro com os vídeos através de anúncios do Google. Quando o valor chegou a metade do que eu ganhava trabalhando em uma pizzaria lá, resolvi arriscar e começar a fazer somente isso, além de oferecer aulas particulares e vender materiais digitais para acompanhar os vídeos – explica Barros.

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Em 2012, com o negócio dando certo, o jovem voltou para o Brasil. Em 2013, ele foi convidado pelo Youtube para um evento sobre educação junto com outros canais de grande relevância. Após a experiência, investiu mais no negócio e comprou equipamentos para melhorar a qualidade dos vídeos.

– Não precisa ser o Porta dos Fundos para ganhar dinheiro no YouTube – afirma o empreendedor.

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Atualmente, o canal, que tem mensalmente 600 mil visualizações, rende ao gaúcho uma média de US$ 2 mil por mês. A monetarização é feita através de cliques em anúncios e visualizações dos vídeos.

– A grande sacada é usar o YouTube para gerar e catapultar um negócio, seja vendendo um produto ou um serviço. Foi o que eu fiz ao criar o site Inglês Winner, no qual eu cobro uma assinatura digital e disponibilizo aulas em vídeo inéditas, apostilas e exercícios. É através deste negócio que tiro a maior parte de minha renda – explica.

Confira as dicas do empreendedor para quem quer ganhar dinheiro com vídeos no YouTube:

– Qualquer usuário pode monetizar o seu canal, por isso, é preciso criar um conteúdo relevante. Não se pode começar um negócio pensando apenas no aspecto financeiro.

– É preciso publicar vídeos periodicamente. Grandes canais postam em média dois vídeos por semana. 

– Persistência é importante. O empreendedor deve avaliar os vídeos, sua audiência, seu público e não ter medo de mudar se o formato ou assunto não estiver dando certo. 

– Geralmente, vídeos curtos de até cinco minutos funcionam, mas não existe uma regra. Depende do assunto. Vídeos de educação podem ser longos que têm uma audiência fiel até o fim.

– Não enrole, o vídeo deve falar claramente o que anuncia no titulo.

– Tente converter as visualizações em assinantes para o seu canal.