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Itapema FM  | 01/07/2015 16h14min

"O que me move é contar uma história com honestidade", diz John Green

Escritor está no Rio de Janeiro para divulgar o longa "Cidades de Papel", que estreia em 9 de julho

Alexandre Lucchese  |  alexandre.lucchese@zerohora.com.br

Apesar da pinta de bom moço e da fama de nerd, John Green não quer que sua literatura seja modelo de boa conduta. O escritor, que está no Brasil para divulgar o longa Cidades de Papel, que estreia em 9 de julho, afirma não se empolgar com o politicamente correto, mesmo depois de ter lamentado no Twitter por usar a palavra "retardado" no livro que originou o filme. A declaração ocorreu em junho, depois que o autor foi criticado na rede social por uma leitora.

— Não pedi desculpas, apenas disse que, se eu escrevesse o livro hoje, não usaria a palavra. Mas entendo que as pessoas podem ler uma palavra de jeitos diferentes — explicou em coletiva para a imprensa ao lado do ator Nat Wolff, no Rio. — Não sinto nenhuma motivação pelo politicamente correto, o que me move é contar uma história com honestidade.

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Soa sincero, uma vez que os protagonistas nem sempre são modelos de boas maneiras. Cidades de Papel narra a história de Quentin (Nat Wolff), um garoto nerd de 18 anos que sai em busca de Margo (Cara Delevingne), vizinha e colega de colégio por quem nutre uma paixão platônica. A menina desapareceu depois de um noite em que ela convence o rapaz a pegar o carro da mãe para um plano de vingança contra o ex-namorado e amigos.

Ao contrário do exemplar Quentin, Margo diverte-se fugindo de casa e invadindo residências e prédios comerciais — no livro, ela motiva o protagonista a entrar sem autorização no Sea World, em Orlando, e os dois dançam jazz abraçados e impunes no parque vazio.

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Orlando, aliás, não é à toa onde o romance começa.

— É uma cidade fake, criada para para parecer outra coisa — afirma Green. — No livro, busco mostrar que o mesmo pode acontecer com as pessoas. Era o que eu sentia na faculdade, quando via meus colegas querendo viver uma vida que não era a deles.

Além de abordar o tema da idealização, a narrativa também deixa clara a importância da amizade.

— Assim como Quentin, eu também tinha dois amigos muito próximos e um amor platônico. Acredito que a amizade é realmente algo muito importante na vida — opinou Nat Wolff.

SEGUNDO CADERNO
WMF Martins Fontes / Divulgação

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Foto:  WMF Martins Fontes  /  Divulgação


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