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Itapema FM  | 09/06/2015 18h08min

Leia entrevista com atrizes de "Orange is the New Black"

Uzo Aduba, Natasha Lyone e Samira Wiley estiveram em São Paulo para promover a nova temporada da atração, que começa dia 12 de junho

Priscila De Martini, de São Paulo*  |  priscila.martini@zerohora.com.br

Três atrizes de Orange is the New Black estiveram no Brasil nesta semana para um encontro com jornalistas em evento promovido pela Netflix. Confira abaixo trechos da entrevista, realizada na terça-feira em um hotel de São Paulo:

Piper perdeu espaço na série. Isso estava planejado?

Samira Wiley (Poussey) — Criar uma série como esta é um equilíbrio entre "temos um plano" e "não temos um plano". Isso é importante porque você precisa ouvir o seu público e o mundo mutante ao seu redor. Acho que Jenji (Kohan, criadora de Orange) tem mais ou menos uma direção para a qual ela sabe que quer ir, mas deixa espaço para desenvolvimento orgânico de personagens.

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Vocês diriam que a prisão se tornou a personagem principal?

Natasha Lyonne (Nicky) — O próprio livro da Piper (Kerman) é sobre a jornada de uma mulher dentro do sistema penitenciário e como isso a afetou. O livro é limitado, mas, com a forma que Jenji construiu a série, ela pode durar por muitos anos. E, por isso, torna-se relevante conhecer todas as personagens mais profundamente. E a prisão em si, seu ambiente, é um aspecto tão importante para todas elas. É um ambiente muito específico. Conhecer a corrupção e a injustiça que ocorre naquele lugar também é socialmente relevante e dá o programa uma certa profundidade que o torna mais interessante.

Como a saída da Vee (Lorraine Toussaint) afeta esta nova temporada?

Uzo Aduba (Suzanne "Crazy Eyes") — Acho que afeta várias personagens de formas diferentes. Toda a instituição enfrentou uma tempestade na segunda temporada. Mas agora saiu o sol e, como acontece depois de desastres, é preciso recolher os pedaços. Reconstrução é o que vem à minha cabeça para descrever o início da temporada. E essa experiência é bem individual para a Suzanne. Ela está passando por todas as etapas do luto, que é a perda, a dor, o pesar, a raiva e a aceitação. E chegando nesse ponto, descobrir de que forma você saiu disso tudo e em que você vai colocar seu interesse e sua energia. Acho que estamos voltando a ser as pessoas que nos conhecemos.

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No Brasil, estamos passando por um momento em que uma novela e uma empresa de cosméticos estão sendo boicotadas por mostrar casais gays. Qual é a importância da TV para a aceitação da comunidade gay?

Natasha — Entretenimento é, seguidamente, uma janela para que você abra a sua mente. Cultura, literatura e stand up comedy são importantes para fazer as pessoas rirem e enxergarem o absurdo de suas ações ou de suas mentes fechadas, mas também como o ódio pode ser uma força assustadora e perigosa. Então estamos muito orgulhosas com o fato de a nossa série ajudar a abrir a mente das pessoas e humanizar várias coisas que, antes, não tinham uma cara.

*A jornalista viajou a convite da Netflix

Divulgação / I Hate Flash / 

Samira Wiley, Natasha Lyonne e Uzo Aduba participaram da Parada do Orgulho LGBT em São Paulo no domingo
Foto:  Divulgação / I Hate Flash


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