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Itapema FM  | 09/06/2015 07h31min

Protocolo 43 leva zumbis para aterrorizar Sul do Estado

Primeiro dos 13 episódios da websérie ambientada na Serra do Rio do Rastro estreia em novembro

Emerson Gasperin  |  emersongster@gmail.com

A loira está deitada na cama, vendo um filme. Lá fora, alguém força a entrada no quintal. Assustada com os ruídos, ela vai até a porta espiar. Por uma fresta, vê um homem parado sob a luz do poste. Os olhares de ambos se cruzam e a moça volta correndo para dentro da casa. Nesse instante, o vidro da janela é quebrado por um tijolo. Apavorada, a loira não sabe o que fazer. De repente, um zumbi a ataca por trás. Ela consegue fugir e se tranca em outro cômodo. O invasor tenta arrombar a porta, até que surge um homem e enfia uma faca em sua cabeça. Ele abre a porta, estende a mão e diz para a garota: “Vem comigo.”

Cineastas catarinenses apostam na produção de filmes de terror e suspense

A sequência faz parte de Protocolo 43, websérie independente catarinense prevista para estrear em novembro. Serão 13 episódios de 40 minutos cada sobre o apocalipse zumbi que devastou o Estado. Com recursos próprios ou apoio de amigos em figurino, equipamentos ou cenários, 30% das cenas já foram gravadas. Para concluir as filmagens, os idealizadores arrecadaram (até a publicação deste texto) R$ 23 mil em uma plataforma de financiamento coletivo – crowdfunding ou, no popular, “vaquinha virtual”. O prazo para chegar aos R$ 28 mil almejados termina hoje. Saiba como colaborar (a partir de R$ 10) em catarse.me/pt/protocolo43.

– Começamos a rabiscar algo sobre zumbis em 2012, aproveitando o sucesso de seriados como Walking Dead. A ideia era reunir diversos talentos locais – músicos, atores, maquiadores – e apresentar as belezas da região em uma série audiovisual para ser exibida na internet – conta o coordenador de marketing do projeto, Jaison Niehues, 28 anos, que também atua na trama.



Na história, um grupo de sobreviventes de um surto viral no sul de Santa Catarina busca proteção nas zonas rurais. O destino é a Serra do Rio do Rastro, um mundo novo e desconhecido para os jovens urbanos. Isolados em uma casa abandonada, com poucos mantimentos, sem comunicação, sem energia e sem conhecimento sobre o que está realmente acontecendo, eles precisam se dividir em funções para lutar pela vida.

– Imagine o desafio de enfrentar as adversidades em um local com clima muito instável, neblina constante e visibilidade de apenas 10 metros em dias normais de outono e inverno – antecipa um dos idealizadores, Nicola Patel Filho, 28 anos.



O roteiro e a direção são de Áthila Mattei, um advogado de 29 anos que venceu um concurso nacional de videoclipes promovido por uma grande gravadora em 2010. O prêmio foi conhecer estúdios de cinema em Los Angeles. A inspiração veio de filmes de George Romero (cineasta americano, referência no cinema de terror trash) e de games como Resident Evil e The Evil Within.

Os atores foram recrutados nos cursos de artes da Universidade do Extremo Sul Catarinense (Unesc). Para reproduzir o visual sanguinolento dos mortos-vivos, a maquiadora Daniela Nagel procurou cursos específicos e pesquisa. A trilha sonora, criada especialmente para a série, foi composta por músicos da área, como a orquestra de Orleans. Além da cidade, há locações em São Joaquim, Urubici, Lauro Müller e Bom Jardim da Serra. Tudo na base do faça-você mesmo.

Rodrigo Hilbert apoia a ideia


Robson Debiasi / Divulgação

Capricho na caracterização dos mortos-vivos é um dos destaques da produção independente
Foto:  Robson Debiasi  /  Divulgação


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