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Itapema FM  | 01/06/2015 13h14min

Arnold Schwarzenegger: "A ideia era que esse Exterminador não envelhecesse"

Ator veio ao Brasil para divulgar o filme "O Exterminador do Futuro: Gênesis"

Roger Lerina*  |  roger.lerina@zerohora.com.br

"Velho, não obsoleto." A frase, que tem tudo para se tornar uma fala tão popular na cultura pop quanto "I'll be back" e "Hasta la vista, baby", foi dita algumas vezes no trecho de 20 minutos de O Exterminador do Futuro: Gênesis exibido para jornalistas domingo à noite, no Rio de Janeiro — e define muito bem o protagonista do filme que estreia no dia 2 de julho. Arnold Schwarzenegger estava bem disposto e muito humorado na coletiva na manhã desta segunda-feira, quando falou para dezenas de profissionais de imprensa brasileiros e de outros países latino-americanos.

Divulgado primeiro trailer de O Exterminador do Futuro – Gênesis

O ator de 67 anos está na Cidade Maravilhosa desde sexta-feira, participando do Arnold Classic — convenção fitness anual criada em 1989 pelo astro nascido na Áustria. Schwarzenegger conciliou a vinda ao Brasil com a divulgação do aguardado novo título da franquia de aventura e ficção científica iniciada com o sucesso O Exterminador do Futuro (1984), de James Cameron.

No novo filme, dirigido por Alan Taylor, o ex-governador da Califórnia interpreta duas versões do célebre androide casca-grossa: um do bem, protetor da heroína da história, e um do mal — o mesmo do longa original. Em O Exterminador do Futuro: Gênesis, o líder da resistência humana John Connor (Jason Clarke, de Planeta dos Macacos: O Confronto) envia o sargento Kyle Reese (Jai Courtney) de volta a 1984 para proteger Sarah Connor (Emilia Clarke, a Daenerys Targaryen da série "Game of Thrones") e salvar o futuro. Na nova linha do tempo da saga, Reese encontra-se em uma versão inédita e desconhecida do passado, em que depara com aliados improváveis — incluindo um novo exterminador T-800, o Guardião (Schwarzenegger) — e inimigos perigosos a fim de cumprir sua missão: redefinir o futuro.

— Eu amo fazer filmes: pequenos, médios e grandes. Mas tem um certo tipo de filmes que as pessoas adoram, e a franquia do Exterminador é um desses casos. Fiquei muito feliz que depois de 30 anos me convidaram para fazer esse quinto filme. Nos filmes de James Bond ou do Batman eles trocam de ator, e eu posso dizer que tive o privilégio de fazer novamente esse filme — disse o ídolo fortão, acrescentando que os atuais efeitos especiais contribuíram bastante para a qualidade final do filme.

Perguntado por Zero Hora sobre quais foram as mudanças em voltar ao mesmo personagem mais de 30 anos depois, Schwarzenegger explicou que elas são apenas visuais:

— A ideia era que esse Exterminador não envelhecesse. Nada muda por causa da idade: o esqueleto e a máquina são basicamente as mesmas. O que envelhece nele é o tecido humano, mas isso não quer dizer que estou mais lento. Estou em grande forma, malho duas vezes por dia. As habilidades com as armas não mudam, as cenas de luta que fiz nesse filme foram incríveis. O que mudou mesmo foi a missão: em 1984, eu lutava pelas máquinas, em 2015, luto pela raça humana.

O ator comentou também a participação de Emilia Clarke como Sarah Connor:

— Acho que fizeram uma boa escolha. Ela é conhecida da série Game of Thrones e é uma das atrizes mais sexy da atualidade. Encarnar esse papel seria difícil para qualquer mulher pela interpretação de Linda Hamilton no filme original. Mas a Emília deu conta do recado e fez um bom trabalho.

Perguntado sobre o impacto da tecnologia na atualidade, Schwarzenegger afirmou que a ficção da série O Exterminador do Futuro está mais próxima hoje:

— É incrível pensar que o primeiro Exterminador foi filmado em uma época em que a máquina e as pessoas ainda tinham certa distância. Hoje, tenho certeza que não posso ganhar em um jogo de xadrez do meu iPad. Mesmo se colocar no nível médio, não consigo.

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O artista comentou também a respeito de outros projetos em que está envolvido e que retomam filmes de êxito da década de 1980:

— Tenho a honra de ter sido convidado para voltar a fazer dois papéis que já interpretei: as sequências de Conan, o Bárbaro e de Irmãos Gêmeos, com Danny DeVito, que vai se chamar Trigêmeos e vai ter o Eddie Murphy como nosso trigêmeo. Vai ser hilário.

Diplomático, Schwarzenegger elogiou o Rio de Janeiro, o Brasil e até a Seleção:

— O Brasil fez um bom trabalho na Copa, apesar de não ter o final esperado. O Brasil sempre foi um dos melhores times, não há discussão. Mas não dá sempre para ficar no topo. Eu mesmo já falhei no trabalho, na vida pessoal e me levantei. O que faz a pessoa um vencedor é seguir em frente.

Como um treinador diante da equipe, o astro despediu-se do encontro relembrando os obstáculos que superou para alcançar seus objetivos:

— Tenho sorte de ter feito carreira como atleta, ator e político. Quando eu penso no passado me lembro da quantidade de gente que me falou para esquecer os meus sonhos, que eram impossíveis. Quando falei que queria ser fisiculturista na Áustria, disseram que eu era maluco: "Aqui você pode ser no máximo campeão de ski". Quando eu disse que queria ser ator, falaram que eu nunca teria papel de destaque em um filme americano, no máximo de nazista ou de esportista. Meu sotaque iria me impedir de atuar, meu nome era impronunciável. Todas essas coisas que eram desvantagens acabaram se transformando em vantagens: hoje, todos reconhecem minha voz e dizem que o jeito que eu falo "I'll be back" é que faz a diferença. Por isso, digo às crianças: não dê ouvidos aos negativistas.

* O repórter viajou ao Rio de Janeiro a convite da Paramount.

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