Velozes e Furiosos foi lançado em 2001 e desde então se firmou como uma franquia rentável, mas distante dos maiores fenômenos do cinema. Isso até o sexto filme. O sétimo, que entrou em cartaz no dia 2 de abril, acumula rendimento histórico: já são US$ 1,429 bilhão em bilheterias, quarta maior arrecadação bruta de todos os tempos. A título de comparação: o recorde da saga, até então, era de Velozes e Furiosos 6 (2013), com US$ 788 milhões, número já superior ao que fora arrecadado com cada um dos cinco títulos anteriores.

Até uma paródia foi feita – Super Velozes, Mega Furiosos, que estreia nesta quinta-feira nos cinemas –, o que dá uma dimensão do quanto a série de ação mudou de patamar, ainda que tardiamente.

Equipe do filme homenageia Paul Walker
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Velozes 7 faz carreira tão surpreendente que a revista norte-americana Variety publicou uma lista com os recordes quebrados pelo longa. Entre eles, estão a maior abertura (fim de semana de lançamento) da história da Universal Pictures nos EUA e a maior arrecadação de uma estreia no mês de abril naquele país. No Brasil, acumulou rendimentos superiores inclusive aos de Avatar (2009), o recordista em nível internacional. São R$ 133 milhões obtidos por aqui, maior quantia arrecadada com um filme nos cinemas brasileiros – que, no entanto, ainda pode ser superada por Vingadores: A Era de Ultron, que estreou no último dia 23 e vem fazendo carreira de proporções igualmente grandiosas (os dois detêm as maiores aberturas da história no Brasil, com arrecadações na casa dos R$ 36 e R$ 37 milhões no fim de semana de estreia).

O que explica o fenômeno Velozes e Furiosos 7? Em parte, a cada vez mais massiva ocupação das salas pelos blockbusters (que é progressiva, o que faz com que os filmes recentes arrecadem mais do que os antigos). Mas, fundamentalmente, há a curiosidade em torno da presença de Paul Walker, um dos protagonistas da franquia junto a Vin Diesel. Walker morreu em 30 de novembro de 2013, em um acidente de carro, sendo substituído, em algumas sequências do longa, por seus irmãos. O sétimo filme da saga foi o seu último – mas não deve ser o derradeiro desta que, a partir de agora, já pode ser encarada como uma das mais lucrativas franquias da história do cinema.

Curiosidade: a força de Velozes 7 é maior fora dos EUA do que por lá, na comparação com os outros filmes do top 10 de faturamento em todos os tempos. Destes, apenas o longa que ocupa a décima posição (007 – Operação Skyfall) obteve arrecadação tão baixa quanto Velozes 7 nos EUA. Mais de 75% do total arrecadado pelo longa se deu nos cinemas de fora da América do Norte, percentual bem maior do que qualquer outro dos arrasa-quarteirões contemporâneos.

1) Estreia promissora
Com US$ 207 milhões arrecadados em 2001, o primeiro Velozes e Furiosos revelou o potencial comercial da saga.

2) Mantendo a média
Velozes e Furiosos 2, de 2003, arrecadou US$ 236 milhões em todo o mundo.

3) A queda em Tóquio
Rodado em parte no Japão, o terceiro longa decepcionou a Universal arrecadando US$ 158 milhões em 2006. Parecia o fim de Velozes e Furiosos.

4) Volta por cima
O quarto filme saiu em 2009 e representou novo fôlego para a franquia: foram US$ 363 milhões em bilheterias.

5) Rio, 2011
Com cenas filmadas no Rio, Velozes e Furiosos 5 atraiu novos fãs para a série e arrecadação de US$ 626 milhões.

6) Agora vai
O sexto filme, de 2013, trouxe números ainda maiores do que os de Velozes 5. Foram US$ 788 milhões arrecadados.

7) Em memória de Paul Walker
A morte precoce de um dos atores da série ajuda a entender como, neste sétimo filme, Velozes e Furiosos mudou de patamar e se tornou uma das franquias de maior sucesso do cinema contemporâneo. Já são US$ 1,429 bilhão arrecadados com a venda de ingressos nos cinemas do mundo todo até hoje, número só superado por Avatar (2009), Titanic (1997) e Os Vingadores (2012) – este último com boas chances de ser ultrapassado.