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Itapema FM  | 14/04/2015 10h12min

Gustavo Brigatti: "Battlefield Hardline" traz ares de série policial para os games

Jogo da EA vence por oferecer doses certas de ação, história e cenários diversificados

Gustavo Brigatti  |  gustavo.brigatti@zerohora.com.br

Um jogo de tiro em primeira pessoa com mecânica de filme interativo e ares de seriado de TV. Assim pode ser definido Battlefield Hardline, novo capítulo da saga de tiroteio da EA que coloca policiais no lugar dos tradicionais soldados da franquia. E, mesmo sem trazer grandes novidades, acerta muito (com exceção de vocês sabem o que, certo?).

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Acerta tanto que há semanas é o jogo mais vendido do Reino Unido, à frente de jogos bem mais inspirados, como o recém-lançado Bloodborne, ou franquias naturalmente bem-sucedidas, como a edição 2015 de Fifa. Talvez o segredo seja porque o game é bem dosado em tudo: tem boas sequências de ação (mas não se restringe a isso), personagens carismáticos (mas não caricatos), cenários variados e criativos (adeus cidades e florestas genéricas) e uma trama bem construída (cortesia do jornalista e escritor Tom Bissell, responsável pelos roteiros de Gears of War: Judgment e do ainda não lançado Uncharted 4).

Em Hardline, o jogador encarna o detetive cubano Nick Mendoza, sujeito do bem que quer limpar o crime das ruas de Miami. Mas além da bandidagem habitual, Mendoza precisa lidar com vazamentos dentro do seu próprio barco. O jogo, aliás, começa em flashback, com o policial sendo levado para uma prisão dentro de um daqueles ônibus que transportam prisioneiros. Na volta, saberemos que tem gente mais interessada em lucrar com a criminalidade em alta do que necessariamente combatê-la.

O jogo avança em capítulos, intercalando cenas de ação com cinematics. Durante a jogatina propriamente, o mundo semiaberto de Hardline permite investigações paralelas que entregam detalhes que não estão na trama principal. Mas não dá para fugir dos objetivos por muito tempo: o X marca o lugar e é para lá que você precisa ir.

O combate acrescenta pouco aos games do gênero. É atirar, buscar proteção, recarregar, conseguir armas melhores, derrubar inimigos e avançar. Esse avançar pode ser feitos da forma tradicional, sentando chumbo nos meliantes, ou com uma estratégia mais elaborada, prendendo-os. Claro que a primeira é mais rápida que segunda, mas oferece bem menos recompensas – e você não vai querer ir tão rápido assim em Hardline, eu te garanto.

Outra boa sacada e que aproxima o jogo de uma típica série de TV é quando o jogo é desligado e iniciado. No primeiro caso, uma narração em off diz "a seguir em, Battlefield Hardline" seguida de cut scenes do que espera o jogador quando ele voltar; no segundo caso, a mesma narração em off manda um "anteriormente, em Battlefield Hardline" e mostra sequências dos últimos passos do jogador.

Pode parecer pouco, mas são esses pequenos detalhes que fazem do jogo um dos mais charmosos lançados este ano até agora. Não vai mudar a ordem do universo, mas, hey, canja de galinha não faz a ninguém.

A cópia testada foi para PS4.

SEGUNDO CADERNO
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