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Itapema FM  | 13/04/2015 14h40min

Três facetas de Eduardo Galeano em livros

Escritor uruguaio tratou da história da América Latina, falou sobre futebol e narrou fábulas para crianças

Atualizada em 14/04/2015 às 08h55min

As Veias Abertas da América Latina

L&PM Editores, 392 páginas, R$ 44 (R$ 22,90 em formato de bolso). Tradução de Sergio Faraco

Lançado no início dos anos 1970, é até hoje o livro mais conhecido do autor. Interpreta história da América Latina desde a colonização até a contemporaneidade, atribuindo ao sistema de exploração dos colonizadores a responsabilidade pelo subdesenvolvimento e pobreza crônicos do continente. Mesmo tendo sua importância relativizada pelo próprio autor, que afirmou no ano passado não ter o "treinamento e o preparo necessários" para tratar de economia e política quando o escreveu, segue sendo uma referência inescapável a quem se dedica a estudar história latino-americana.

Moisés Mendes: "Os ventos continuam estando"
Leia entrevista de Eduardo Galeano ao colunista Diogo Olivier, em 2010

O Futebol ao Sol e à Sombra

L&PM Editores, 396 páginas, R$ 39,90 (R$ 19,90 em formato de bolso). Tradução de Eric Nepomuceno e Maria do Carmo Brito

Ávido fã de futebol, o escritor dedicou este livro ao esporte, narrando momentos de esplendor e queda de craques como Pelé, Maradona, Garrincha e Obdúlio Varella ("carrasco" uruguaio na final da Copa de 1950 contra o Brasil). Além disso, o livro critica as alianças do jogo com as grandes corporações e ataca intelectuais de esquerda que desdenham de sua importância.

VÍDEO: repórter Alexandre Lucchese fala sobre a importância do escritor Eduardo Galeano

A História da Ressurreição do Papagaio

CosacNaify, 24 página, R$ 45. Tradução de Ferreira Gullar

Galeano também buscou em sua vida despertar a imaginação e o gosto pela leitura em jovens em crianças. É o que faz em livros como o infantojuvenil A Pedra Arde (1983) e o infantil A História da Ressurreição do Papagaio (2010). Nesta fábula, um papagaio distraído morre ao cair em uma panela quente, mas um oleiro do Ceará ressuscita a ave, que ganha novas cores – metáfora do o talento humano para se recriar.

"Só escrevo quando a mão coça", conta Eduardo Galeano em Porto Alegre

SEGUNDO CADERNO
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