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Itapema FM  | 08/04/2015 12h04min

Revezamento Volta à Ilha ASICS acontece em Florianópolis neste sábado

Para quem está começando no esporte, é importante se preparar física e psicologicamente

Neste sábado, dia 11 de abril, acontece em Florianópolis a edição de 2015 do Revezamento Volta à Ilha ASICS, que neste ano celebra duas décadas de criação. Hoje a maior prova do gênero na América Latina, a corrida conta, neste ano, com quatro mil participantes na capital catarinense - na primeira edição, foram cerca de 200 atletas. Carlos Roberto Duarte, que idealizou a prova quando ainda era um recém-chegado em Florianópolis, tirou a inspiração de um evento semelhante nos Estados Unidos, do qual participou: um percurso longo, com revezamento entre atletas e carros de apoio para as equipes. Ele acredita que o ineditismo de uma corrida do gênero no Brasil foi o que mais gerou curiosidade e, inicialmente, atraiu participantes para o Revezamento Volta à Ilha. "O fato de ser em equipe também é muito interessante para a maioria dos atletas: você tem com quem confraternizar, comemorar mais tarde", comenta Carlos. "E também temos que levar em conta a beleza de Florianópolis. Todo mundo adora vir para cá - e, com o percurso da corrida, você acaba conhecendo lugares que não visitaria normalmente, como turista."

No site da prova, são mais de 45 mil corredores cadastrados, entre profissionais e amadores, gente que compete todo ano e corredores mais ocasionais - que só participam deste prova ao longo de todo o ano, por exemplo. Carlos afirma que a organização se preocupa em atender igualmente a todos os participantes, independente do nível técnico - outro ponto que leva tantas pessoas a sair do Revezamento satisfeitas, e, através da propaganda boca a boca, atrair ainda mais corredores no ano seguinte. Alguns atletas, como Ailton Valentin, Analto Romalino da Cunha e Raul Cardozo, chegaram a participar de todas as edições até hoje - e vão repetir a dose neste sábado. Raul destaca a confraternização entre atletas do Brasil e do mundo como um dos principais motivos que o leva a sempre voltar ao evento: "Nossa motivação é a cada ano poder conhecer atletas, treinadores, diretores de provas de todo o mundo, e trocar experiências com eles." Analto completa: "O que mais motiva é ver todos os colegas correndo o dia todo para pegar a equipe adversária e ficar de olho na que está logo atrás. É uma luta constante até a chegada. A emoção é muito grande, da largada até o final."

É claro que não é fácil: como muitos outros competidores, os três correm de forma amadora, conciliando os horários de trabalho do dia a dia com a rotina puxada de treinos - que é mantida de forma regular ao longo de todo o ano, e não apenas nas épocas de competições. Além destes desafios, há aqueles enfrentados durante a própria prova: "É muito difícil quando algum membro da sua equipe se machuca", exemplifica Raul. Mas participar do Revezamento compensa: "O melhor é perceber, no meio do percurso, que, se você acelerar, poderá chegar no pódio", o corredor comenta. Já Ailton destaca as amizades entre os atletas, que acabam se perpetuando para além da pista de corrida. O percurso é mesmo puxado, mas, segundo Carlos, oferece uma mistura de experiências única em provas do tipo: praias e regiões de Florianópolis visualmente mais bonitas são priorizadas, assim como lugares onde há público para assistir - e incentivar - a passagem dos atletas. A largada e a chegada acontecem no trapiche da Beiramar Norte, completando mesmo a volta à ilha. E, para não ter problemas com o trânsito da cidade, as rodovias e ruas principais são evitadas.

Quem se empolgou e está pensando em participar da corrida no ano que vem precisa se organizar: Carlos comenta que um dos principais desafios enfrentados principalmente por quem vem de fora é planejar a formação e distribuição da equipe, além de toda a logística da prova. Raul lembra que é preciso estar preparado para correr em todos os tipos de terreno - subidas íngremes, dunas, areia fofa da praia -; e que é interessante procurar um professor ou treinador para fazer a orientação, pelo menos inicial. "É bom também pedir para que o chefe da equipe coloque você em um trecho de pouca quilometragem, de no máximo 5 km", Analto completa. "Quando se está com o bastão na mão, o que mais se quer é entregá-lo para o próximo atleta, então é bom ter em mente que você está lá para competir, e não para vencer. Assim você consegue correr sem compromisso e curtir mais a prova." Ailton concorda que o preparo de um iniciante, que quer participar para superar seus próprios limites, pode ser mais leve que o de um atleta que pretende chegar ao pódio: "Quem compete tem que treinar duas vezes por dia, inclusive nos finais de semana. Mas quem só quer participar ou está começando pode treinar três ou quatro vezes por semana. É importante sempre respeitar os limites do seu corpo."

Acesse o site oficial para saber mais: www.voltailha.com.br

ITAPEMA SC
Revezamento Volta à Ilha / Christian S. Mendes/Divulgação

Praias e regiões de Florianópolis visualmente mais bonitas são priorizadas no percurso, assim como lugares onde há público para assistir
Foto:  Revezamento Volta à Ilha  /  Christian S. Mendes/Divulgação


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