O Rock in Rio anunciou que não vai mais usar dinheiro de renúncia fiscal para montar seu festival de setembro. Autorizados pelo Ministério da Cultura, os organizadores poderiam captar R$ 18,3 milhões, 6,6% de seu orçamento, sob o compromisso de vender os ingressos a R$ 260. O dinheiro viria de empresas interessadas em colaborar com o festival em troca de renúncia fiscal. Como o dólar aumentou desde a liberação, há um ano, de R$ 2,22 para R$ 3,12, os custos do festival aumentaram, e o ingresso foi fechado em R$ 350.

Diante da pressão do MinC, a empresa Rock in Rio optou por não usar o mecanismo, conforme comunicado enviado na última terça-feira. Segundo informações da Folha de S.Paulo, a organização devolverá R$ 4,04 milhões captados via Lei Rouanet para a realização do evento.

Segundo a assessoria de imprensa do festival, não haveria "tempo hábil para aguardar o retorno do Ministério da Cultura sobre o pedido de reajuste de preços dos ingressos do Rock in Rio ocasionado pela alta do dólar e pela inflação". Por isso, a decisão do cancelamento do incentivo foi tomada.

Rock in Rio anuncia show de Elton John
Rock in Rio anuncia atrações de música eletrônica do festival
5 bandas que já deveriam ter acabado e 5 que gostaríamos que voltassem
Leia mais notícias de música

O aumento das entradas para R$ 350 só poderia ocorrer com autorização do Ministério da Cultura, pois o acordo era de que os ingressos seriam R$ 90 mais baratos.

De acordo com a Folha de S.Paulo, a organização do festival tinha até a última terça-feira para prestar esclarecimentos ao MinC por causa da irregularidade ocorrida com os preços dos ingressos. Conforme a assessoria de imprensa do festival, o prejuízo da devolução foi arcado pela própria organização.

Rock Street

Na última terça, foram anunciadas as atrações da Rock Street, espaço ao ar livre do Rock in Rio para shows intimistas: João Donato, Marcos Valle e Autoramas, entre outros nomes.

Como a Rock Street é montada distante do palco principal, o som dos shows não se mistura. A cada edição, um país é homenageado pela Rock Street, e, desta vez, será o Brasil, por ser em comemoração pelos 30 anos da criação do Rock in Rio – por isso a mistura de gêneros musicais nacionais, como bossa nova, samba e rock.

Com 150 metros de comprimento, a rua cenográfica da Cidade do Rock, além de um espaço para apresentações durante as quais é possível interagir com os artistas, tem lojas, bares e restaurantes. As atrações roqueiras são Motorocker, República, KroW, Age of Artemis, About2Crash e Eminence.

O festival ocorre nos dias 18, 19, 20, 24, 25, 26 e 27 de setembro, na Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Entre as principais atrações do palco Mundo, estão nomes como Metallica, Slipknot, Faith no More, Queens of the Stone Age, Katy Perry, Elton John, A-Ha, System Of A Down, Hollywood Vampires, Sam Smith, Rod Stewart, Rihanna, Queen com Adam Lambert, One Republic, Mötley Crüe e Royal Blood.

Em março, foram anunciadas as atrações do Palco Sunset, que contará com nomes como John Legend, Korn, Magic! e Deftones.

A venda de ingressos para o público geral começa nesta quinta-feira, às 10h, pelo site da Ingresso.com. Totalizando 495 mil, a expectativa é que as entradas esgotem em poucas horas, a exemplo da última edição.

* Com informações de Estadão Conteúdo