Apreciar, dialogar e levar para casa. Se por um lado a exposição Tessituras Contemporâneas cria uma extensa teia de 28 artistas catarinenses nunca antes reunidos em um mesmo espaço e, portanto, uma oportunidade única de ter aos olhos um panorama da produção atual no Estado, por outro, chama a atenção para as possibilidades de um comércio ainda em expansão em SC: o de arte contemporânea e suas inúmeras plataformas.

A mostra é uma homenagem ao joinvilense Luiz Henrique Schwanke (1951-1992) que, conectado ao movimento artístico internacional, entrou para a história da arte brasileira ao produzir mais de 5 mil obras entre desenhos, esculturas, pinturas e instalações, introduzindo noções de arte pública e de contemporaneidade com seus trabalhos.

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– Pedi para que cada artista enviasse 10 sugestões de obras que considerassem comerciais. Em alguns casos, visitei o ateliê e acabei fazendo uma seleção diferente – conta o curador Carlos Alberto Franzoi,  que propôs diálogos entre o pensamento de Schwanke e os convidados.

A maioria dos contemplados já passou por individuais a poucos metros do Instituto Internacional Juarez Machado, onde Tessituras permanecerá por 20 dias. No espaço público do Museu de Arte de Joinville, onde muitos já expuseram, as obras ficaram reservadas à apreciação. Como grande parte dos criadores não são representados por galerias, a negociação para a compra restringe-se ao contato direto, obstáculo que  o Picta Escritório de Arte, idealizador da mostra, promete romper.

– Alguns dos selecionados, por exemplo, estão atualmente na Coletiva de Artistas (aberta até maio na Cidadela Cultural Antarctica, também em Joinville ), e muita gente gosta, quer ter em casa, mas não sabe como adquirir os trabalhos – avalia Gabriela Carneiro de Loyola, consultora do Picta.

Outros trabalhos à venda participaram recentemente de salões de arte pelo país. Mas nem só de obras comerciais se faz Tessituras, que ultrapassa as 120 peças entre telas, desenhos, videoartes, fotografias e instalações. Um dos principais destaques da exposição, Rosa e Azul, de Renoir (1979), desenho em lápis sobre papel, de Schwanke, pertence à família do autor e compõe a coleção a título de homenagem.

Auto-retratos (2001), de Paulo Gaiad, de Florianópolis, é outra preciosidade da mostra. Em formato de livro, a obra faz parte do acervo particular do artista e poucas vezes esteve ao alcance do público para manipulação.

Durante os sábados de manhã, até o dia 30, a exposição trará os autores para um bate-papo sobre a produção contemporânea e a arte de Luiz Henrique Schwanke. A mostra oferece monitoria e está aberta para receber visitas de escolas.

Agende-se

O quê: abertura da exposição Tessituras Contemporâneas
Quando: quinta-feira, às 18h. Visitação até o dia 30, de terça a sábado, das 10h às 19h. Domingos e feriados, das 15 às 19h
Onde: Instituto Internacional Juarez Machado (rua Lages, 994, América, Joinville)
Quanto: entrada gratuita

Participantes

Alessandro Gruetzmacher
Andrea Eichenberger
Cassia Aresta
Cláudia Zimmer
Cyntia Werner
Denise Dubiela
Diego de los Campos
Fernando Lindote
Flávia Duzzo
Gabriela Machado
Helenita Peruzzo
Janaina Schvambach
Janor Vasconcelos
Juliana Hoffmann
Karina Zen
Lela Martorano
Linda Poll
Luciana Knabben
Paulo Gaiad
Paulo Greuel
Priscila dos Anjos
Ricardo Kolb
Roberta Tassinari
Rogério Negrão
Sérgio Adriano H.
Solange Simas
Susana Bianchini
TiroTTi