Itapema FM | 30/03/2015 10h26min
As cadeiras estão posicionadas; os instrumentos, afinados; os músicos, aos seus lugares. Como faz todas as quintas, a Camerata Florianópolis está reunida para ensaiar. Há concertos agendados para os próximos dias 1º (Teatro Dionísio, nos Ingleses) e 16 (Teatro do CIC), ambos na Capital. Mas o assunto nesta manhã de sol na sede da orquestra, no bairro Córrego Grande, não poderia ser outro que não a apresentação com Steve Vai no Rock in Rio.
É o primeiro ensaio da Camerata após a confirmação de que irá dividir o palco Sunset com o guitarrista americano no dia 25 de setembro, anunciada na última terça. O convite partiu do diretor artístico do festival, Paulo Fellin, que conheceu a sinfônica em 2013 por intermédio da produtora Eveline Orth.
– Após a montagem da ópera Carmen, no CIC, ele foi até os camarins me cumprimentar, rasgando elogios à performance da orquestra. Depois, assistiu ao nosso show com Lenine e com o balé de Barbara Rey, sempre se mostrando muito simpático e carinhoso com nosso trabalho – conta o maestro Jeferson Della Rocca, recém-chegado da Itália, onde havia passado a semana em um curso.
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A admiração virou uma proposta formal com um telefonema que pegou todo mundo de surpresa. Por mais que acreditasse da capacidade da Camerata, o regente jamais havia cogitado a possibilidade de tocar em um dos maiores festivais do mundo e, ainda por cima, acompanhando um instrumentista renomado por sua técnica.
– Considero Steve Vai o Paganini (célebre violinista italiano do século 18) da guitarra. Lembro de sua passagem pelo grupo Whitesnake, de sua participação no filme Crossroads e de belas músicas, como For the Love of God. Estou aproveitando estes dias para me inteirar de suas parcerias com orquestras – diz.
E também para pensar sobre o que significa ser uma das atrações do Rock in Rio, com grandes nomes internacionais do pop, ampla cobertura da mídia, transmissão pela TV para vários países e público estimado em mais de 700 mil pessoas durante suas sete noites.
– É difícil avaliar o que isso representa, mas, no final das contas, teremos que nos concentrar em apenas uma coisa: fazer música. E, quem sabe, curtir cada momento – reflete o maestro.
Iva Giracca (violino), Jeferson Della Rocca (maestro), Fausto Kothe (violino) e Daniel Galvão (violoncelo) no primeiro ensaio após a confirmação do show
Foto:
DIORGENES PANDINI
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