Todos os anos, no Texas, cerca de 300 mil pessoas se reúnem para celebrar o novo, entender o que está na cabeça das startups e conhecer novos artistas que serão estrelas em breve. O SXSW — South by Southwest — foi considerado a 12ª companhia mais inovadora do mundo pela revista Fast Company (Google em primeiro), e não é à toa: com um impacto de US$ 250 milhões na cidade de Austin, este festival é o maior encontro de gente criativa do planeta.

Também chamado de south by pelos americanos, ou SX ("ésse xís") como os brasileiros chamam, é um festival de música, cinema e tecnologia que acontece em Austin. Com início ontem, são 10 dias de palestras, shows, lançamentos de filmes, exposição com as novidades da tecnologia e gente de todo o mundo tentando aproveitar ao máximo.

Grandes nomes que irão influenciar (ou já influenciam) a vida das pessoas estarão lá, como Astro Teller, do Google. É a chance de ouvir em primeira mão as estratégias de figuras da mídia internacional, os novos modelos de negócios de jovens de 20 e poucos anos, os shows das bandas que têm potencial para serem o novo grande hit do ano. O Twitter, por exemplo, foi lançado na edição de 2007. O Foursquare, em 2009. E a banda Foster the People lançou álbum em 2014.

Estar no SXSW é como estar na melhor universidade do mundo, com os melhores professores das 9h às 19h e as melhores festas à noite. Você vai dormir pouco, caminhar muito e pegar muita fila. E querer voltar no ano seguinte.

Acompanhe abaixo, em tempo real, o que está sendo dito por pessoas do mundo todo – e pelo pessoal daqui que foi até Austin acompanhar o evento – sobre o SXSW nas redes sociais.

Participação de empresas brasileiras dobra de 2014 para 2015

A presença brasileira nunca foi tão forte. Se no ano passado o país estava representado por cerca de 10 artistas da música, agora há pelo menos 14: Apanhador Só, Autoramas, Call Me Lolla, Karla da Silva, Marcelo Fruet & Os Cozinheiros, O Amor Existe, Phill Veras, Rashid, Roge, Scalene, Silva, Supercombo, Trampa e Mariana Aydar. Mariana, aliás, mostra também o documentário Dominguinhos, do qual é uma das diretoras. Além de música e cinema, o país estará presente nas áreas de tecnologia com painéis das empresas Dujour, Samba e Stayfilm. Na Casa Brasil, quartel-general brasileiro, empresas nacionais buscarão de investidores e parceiros.

A presença maciça do Brasil (serão 59 empresas, contra 28 em 2014) levou a revista Variety, principal do mercado de entretenimento nos EUA, a publicar reportagem na terça-feira sobre a importância do festival para o país, e vice-versa. Já há algum tempo o SXSW vem querendo construir uma relação com o Brasil. Há alguns anos, uma comitiva do evento visitou o país para negociar uma versão brasileira, que nunca aconteceu.

DESTAQUES DESTA EDIÇÃO

INTERATIVO

> O ex-vice-presidente dos EUA Al Gore falou no primeiro dia sobre punições àqueles que negam as necessidades de mudanças climáticas.

> Na terça-feira, Astro Teller, da área de inovação do Google, é a principal atração. Deve falar de Projeto Loon e do carro que se dirige sozinho.

MÚSICA

> Muitos shows ainda são surpresa para o público. Há boatos de que aparecerão em Austin para apresentações Kanye West e John Legend.

CINEMA

> Longa dirigido por Ryan Gosling, Lost River tem premiére hoje, às 21h30min. Às 14h, será exibido o novo filme de Al Pacino, Manglehorn.

Por dentro da festa

Profissionais das áreas de Inovação e Linguagem, Produto e Comunicação do Grupo RBS acompanham as tendências lançadas no SXSW. Durante o evento, a diretora de Inovação e Linguagem do Grupo RBS, Flavia Moraes, irá coletar novas entrevistas para o estudo The Communication (R)Evolution. O comunicador Piangers também estará produzindo material direto do Texas para o Pretinho Básico, com vídeos, posts e entradas ao vivo na rádio Atlântida e publicações em ZH. Site do evento: sxsw.com

*Com agências