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Itapema FM  | 12/03/2015 10h59min

Gustavo Brigatti: documentário sobre games no Brasil está passando o chapéu

No Kickante para levantar fundos, "1983: O Ano dos Videogames no Brasil" irá focar no marco zero dos jogos eletrônicos no país

Gustavo Brigatti  |  gustavo.brigatti@zerohora.com.br

Ninguém duvida que o Brasil é um dos maiores e mais promissores mercados de games do mundo – o 11º, segundo estudo da consultoria Newzoo. Mas o que pouca gente sabe é que, para chegar até aqui, muito cartucho precisou ser assoprado. Esse problema de memória pretende ser em parte resolvido pelo documentário 1983: O Ano dos Videogames no Brasil.

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Atualmente em fase de captação de recursos no site de crowdfunding Kickante, o filme terá como base o livro homônimo do pesquisador Marcus Vinicius Garrett Chiado. Um dos poucos estudos aprofundados sobre o tema, o trabalho cobre o período em que os videogames aportaram no Brasil e seu impacto social e econômico.

– Tenho assistido a vários documentários estrangeiros sobre o tema recentemente e constatei que não temos ainda um documentário sobre a nossa história – diz Chiado. – Como já publiquei dois livros sobre o tema (o outro é 1984: A Febre dos Videogames Continua) e a pesquisa está pronta, resolvi encarar o desafio.

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Segundo ele, a ideia é fazer um recorte histórico do momento da chegada, concentrando-se nos aparelhos pré-cartucho (relógios Casio Game, os Game & Watch da Nintendo, os PONGs/Telejogos) e nos primeiros videogames propriamente ditos – os aparelhos alimentados por cartuchos (Odyssey, da Philips, Atari 2600, da Polyvox e seus clones nacionais, Intellivision, da Sharp, e o SpliceVision, da Splice, clone nacional do sistema ColecoVision).



Mas a tarefa é mais complicada do que parece. Além de ser difícil conseguir imagens da época ("É algo bem caro, os detentores cobram por minuto, e este minuto não é barato", diz Chiado), muitas das pessoas que fizeram essa história ou estão idosas e doentes ou já morreram.

– Penso que esperamos em demasia para realizar esse documentário. A hora é agora – salienta o pesquisador, ainda hoje um entusiasta dos jogos eletrônicos. – É interessante constatar como o videogame veio mesmo para ficar. E pensar que tudo começou em 1983, quando "o melhor inimigo do homem" chegou ao Brasil.

No Kickante, Chiado e sua equipe já arrecadaram cerca de R$ 10 mil dos R$ 20 mil que precisam. Para ajudar, o caminho é por aqui.

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