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Itapema FM  | 19/02/2015 14h09min

Como escapar do dólar mais caro ao viajar para o Exterior

Em menos de um mês, cotação da moeda subiu 8%, encarecendo passagens e pacotes

Erik Farina  |  erik.farina@zerohora.com.br

Em mais uma escalada do dólar, turistas com passagens compradas para o Exterior ou com planos de marcar suas férias de inverno já começam a se preocupar com gastos acima do esperado. Desde o dia 22 de janeiro, o valor da moeda americana na cotação de turismo, usada em casas de câmbio, subiu 8%. O viajante tem pago de R$ 2,92 a R$ 3 por cada dólar.

A disparada encarece passagens e hotéis. Bilhetes de ida e volta, entre março e abril, de Florianópolis para Paris, que poderiam se encontradas por R$ 1,9 mil há um ano, hoje estão custando R$ 2,3 mil em razão do efeito cambial. Um pacote de uma semana, com estadia, para Miami que saía por R$ 4 mil há 12 meses hoje vale R$ 500 a mais – um crescimento de 12,5%.


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Trata-se de um movimento que poderá se acelerar, avaliam especialistas, levando a moeda acima de R$ 3,20 até o final do ano. Por isso, a recomendação é não esperar muito para garantir seus dólares.

— Não vale a pena aguardar uma eventual queda, pois o cenário está mais para uma nova subida — avalia o especialista em investimento do Banco Ourinvest, Mauro Calil.

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Isso não significa que é preciso se conformar com cotações altíssimas. Algumas casas costumam vender as verdinhas por preços abaixo da média do mercado, em razão de manterem estoques. O mesmo ocorre com algumas agências, que travam o valor de pacotes em cotações mais baixas.

— Existe uma margem, embora não muito elástica, para amenizar a alta — diz Calil.

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Outra estratégia é barganhar o preço de passagens e hotéis. Algumas agências oferecem desconto de 5% a 12% para quem paga a viagem à vista. Outras, incluem algum passeio ou benefício do pacote, o que, na prática, pode compensar, pois seria um custo a mais nas férias.

Mas é preciso pesquisar. Uma viagem a Nova York partindo de Florianópolis na semana da Páscoa pode custar R$ 2,7 mil ou R$ 2 mil, dependendo da agência e da companhia aérea. Acertado o pacote, ainda é possível racionalizar o gasto evitando levar toda moeda em cartões de débito, cujo tributo chega a 6,38%.

Além das viagens, brasileiros também sentem o peso do dólar mais caro nas compras feitas em sites internacionais. É preciso lembrar que a cotação do câmbio no cartão de crédito é fechada na entrega da fatura, e não na data da compra. Dessa forma há risco de uma encomenda feita a preço irresistível se tornar uma dor de cabeça.

Embora um pouco menos intenso que o dólar, o Euro também ficou mais caro desde final de janeiro. A cotação comercial passou de R$ 3,02 para R$ 3,24, alta de 7,28%. Embora preços de passagens aéreas sejam regulados pelo dólar, o euro influencia diretamente viagens para a Europa, pois encarece hotéis, translados e os gastos no dia a dia.

 

Por que o dólar disparou?

— Investidores internacionais continuam céticos quanto à economia brasileira, e retiram seus dólares do país. Esse comportamento pode se acentuar nos próximos meses.

— O Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou que o câmbio deveria passar por "um ajuste", e parte dos investidores passaram a especular no valor da moeda.

— O país poderá fechar o ano com entrada de menos dólares pelas exportações. Quem tem a moeda cobra um preço mais alto para vendê-la.

Qual a melhor escolha para a moeda?

Em espécie — A principal vantagem é o IOF, de apenas 0,38%. Por outro lado, há risco de assaltos ou perda.

Cartão de débito — Leva vantagem na praticidade e segurança, mas se tornou cara, com a correção do IOF para 6,38%.

Cartão de crédito — Além do IOF em 6,38%, há o risco de o dólar ficar mais caro até o fechamento da fatura.

Conclusão: vale a pena pagar ingressos e tíquetes antes de partir, no Brasil, e levar metade da verba de viagem em dinheiro vivo e outra metade no cartão pré-pago. Cartão de crédito, só para emergências.

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