Atualizada às 06h01min Daniel Feix  |  daniel.feix@zerohora.com.br

O Silêncio de Lorna
(Le Silence de Lorna) – De Luc e Jean-Pierre Dardenne. Com Arta Dobroshi, Jérémie Renier e Fabrizio Rongione. Filmaço. Um dos melhores de toda a carreira dos irmãos Dardenne (os mesmos de Dois Dias, uma Noite, com Marion Cotillard, em cartaz no circuito atualmente), autores que, com seus filmes humanistas e hiperrealistas, figuram no primeiríssimo time do chamado cinema de autor atual. A personagem-título é uma imigrante albanesa que vive em Liège, na Bélgica. Ela e o namorado sonham em abrir uma lanchonete. Para tanto, os dois precisam de dinheiro – e vistos permanentes no país. As coisas não vão dar muito certo no plano que elaboram e que envolve outros imigrantes, mas não vou aqui antecipar o que acontece. Veja. Em poucos minutos, garanto, você estará completamente envolvido no drama da personagem. Drama, Bélgica/França/Itália/Alemanha, 2008, 100min. Arte 1, 13h.

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O Mestre
(The Master) – De Paul Thomas Anderson. Com Joaquin Phoenix, Amy Adams e Philip Seymour Hoffman. É um tanto incompreendido este ótimo filme do sempre bom diretor de Boogie Nights (1997). Num registro ainda mais distante do naturalismo, na comparação, por exemplo, com o Daniel Day-Lewis de seu Sangue Negro (2007), Phoenix tem desempenho espetacular como um soldado traumatizado pela experiência da II Guerra Mundial. Com intensidade, ele incorpora em trejeitos físicos as fissuras psicológicas de um marinheiro que voltou dos campos de batalha estropiado, pronto para sucumbir a apelos como o da seita de um carismático líder religioso. Pode crer: qualquer semelhança com a Cientologia não é coincidência. Drama, EUA, 2012, 144min. HBO Signature, 13h25min e 2h50min

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Ônibus 174
– De José Padilha. Antes do primeiro Tropa de Elite (2007), Padilha realizou este documentário contundente sobre a vida do sujeito que sequestrou o coletivo do título no Rio de Janeiro, acontecimento midiático de 12 de junho de 2000. Sua trajetória sintetiza a tragédia urbana do país: trata-se, e esta é uma das descobertas do diretor, de um sobrevivente do massacre da Igreja da Candelária, quando policiais abriram fogo contra moradores de rua, incluindo crianças, que dormiam no local. Documentário, Brasil, 2002, 118min. Curta!, 15h

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Nebraska
– De Alexander Payne. Com Bruce Dern e Will Forte. Bom filme, lindamente fotografado em preto e branco e muito bem dirigido (é mais delicado do que os outros longas do diretor) sobre um velhinho que recebe um folder publicitário e acredita ter ganho um prêmio milionário. Ele pega a estrada com o filho para uma jornada de descobertas – da parte dos dois. Drama, EUA, 2013, 115min. Max, 18h25min

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Três Vezes Amor
(Definitely, Maybe) – De Adam Brooks. Com Ryan Reynolds e Abigail Breslin. Um pai relembra seus relacionamentos em conversa com a filha de 11 anos. Rachel Weisz, Elizabeth Banks e Isla Fisher interpretam o trio de casos do protagonista ao qual o título se refere. O filme é bom. E inventivo: não são tantas as comédias românticas recentes que abordam relacionamentos a partir do ponto de vista masculino. Comédia romântica, EUA, 2008, 112min. Studio Universal, 12h10

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