Apaixonada por música e pela família, Roberta Carlucci trocou as terras cariocas pelas manezinhas quando tinha apenas três anos, a mesma idade de sua filha, Stella. Formada em Ciências da Computação na UFSC, ela se interessou por moda enquanto trabalhava como gerente de projetos de uma empresa americana na Alemanha. Antes de voltar ao Brasil, fez um curso de consultoria de imagem em Londres e foi fisgada pela profissão. Aos 33 anos, sente-se pronta para passar seu conhecimento adiante. Ela vai criar um curso de formação na área e deve lançar o tão sonhado livro até o fim do ano.

Da Camerata para a moda
Minha família é de músicos. Meu tio Frederico era maestro e pianista, tocou com Tom Jobim, Elis Regina e Sarah Vaughan. Meu outro tio é violinista. Minha mãe, que é musicoterapeuta, foi minha primeira professora de piano. Comecei estudando violino com 12 anos e toquei na Camerata Florianópolis por cinco. Cheguei a passar no vestibular da Udesc e pensar em ser violinista, mas optei por TI no fim. Depois enveredei para o pop, jazz, blues e eletrônica (progressive house, chill house, deep house e lounge). Durante muito tempo tive vontade de ser DJ e até comprei equipamentos para brincar. Se eu não fosse consultora, faria algo relacionado à música, com certeza.

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MÚSICA MARCANTE
Breathe, do Télépopmusik (trio francês de música eletrônica, na foto abaixo), foi a música-tema do meu casamento por ser a que marcou o relacionamento com meu marido. Ambos adoramos a banda.

 
 
SHOW IMPERDÍVEL
Meu tio me levou ao meu primeiro festival para assistir ninguém menos do que Robert Plant e Jimmy Page, do Led Zeppelin. Devia ter uns 14 ou 15 anos. Eu me lembro como se fosse ontem da multidão, das músicas incríveis e dos primeiros acordes de Stairway to Heaven.

 

Não pode faltar

:: NA PLAYLIST DA STELLA
Lagusta Lague, Palavra Cantada, pop e jazz

:: PARA SE SENTIR NA PASSARELA
Justin Timberlake

:: PARA SE INSPIRAR
Rachmaninov, Nina Simone, Chet Baker, Jamie Cullum e Tom Jobim

:: PARA OUVIR NA VIAGEM
Zero 7, Télépopmusik, Jamiroquai, Pearl Jam, Coldplay e bossa nova

Estilo que mais curte
De música clássica, Rachmaninov, Brahms, Bruch e Bartok sempre foram os que mais gostei. O concerto para violino de Bruch foi o que me fez querer estudar o instrumento. Já na faculdade conheci a música eletrônica e me apaixonei por psy, trance e house. Fui frequentadora das primeiras raves, que eram mais tranquilas e com gente que realmente queria prestigiar os DJs. E mantenho ainda o hábito de ouvir jazz e blues que adquiri com um dos meus melhores amigos, o Rubem, que sempre teve um incrível gosto musical.

PARA ASSISTIR
Wild Style e Style Wars. São dois documentários musicais que expõem fidedignamente o surgimento da cultura hip hop no seu contexto original. A trilha sonora é um dos grandes atrativos de ambos, pois apresenta os primórdios da rap music. Para quem pratica alguma das modalidades artísticas do hip hop, a sensação é de voltar no tempo e testemunhar o nascimento dessa cultura ao vivo. Para quem nunca viu, recomendadíssimo para começar a falar sobre.