Notícias

Itapema FM  | 15/12/2014 17h22min

O que descobrimos com o ataque de hackers à Sony

Invasão aos sistemas da Sony Pictures Entertainment provou-se um prato cheio para os tabloides e sites de celebridades

Você deve ter ouvido falar, nas últimas semanas, de uma série de podres dos alto executivos da Sony. Ou, pelo menos, ouviu Angelina Jolie ser chamada de "pirralha mimada minimamente talentosa" em e-mails desencavados por hackers.

Isso aconteceu porque a Sony Pictures Entertainment, galho de produções cinematográficas da Sony, foi vítima de uma grande invasão cibernética.

Mas por quê?

No fim de novembro, um grupo de hackers intitulados Guardians of Peace anunciou ter atacado os servidores da Sony. Desde então, oito lotes de informações foram lançados pelo grupo, que vão desde cachês, fofocas fresquinhas a respeito do caráter de alguns astros a filmes inéditos e as anotações em seus roteiros.

Mas o grande motivador, ao que parece — pois, na internet, é difícil haver responsabilidade e provas no mesmo contexto —, foi a proximidade do lançamento da comédia The Interview (ainda sem título em português), dirigido por Seth Rogen, que retrata uma ficcional entrevista com o ditador norte-coreano Kim Jong-un.

Ou seja: tudo indica que a Sony foi hackeada ou pela Coreia do Norte ou por algum grupo aliado que quer impedir o lançamento do controverso título.

Entretanto, embora haja pouca dúvida de que há dedos norte-coreanos no ataque, é praticamente impossível comprovar culpados. A não ser que o governo assuma o ataque, é muito difícil comprovar o cybercrime, uma vez que, mesmo que tenha sido cometido por um indivíduo de alto escalão, o mesmo pode ser renegado pelo governo.

Além do mais, punir os indivíduos responsáveis por tais ataques terá poucos danos ao país responsável. Em um mundo onde evidências são a chave para culpa e castigo, estaremos sempre limitados no campo da internet.

Esqueletos no armário

Veja cinco revelações do SonyLeaks

Angelina, a pirralha mimada

Esta veio de uma troca de e-mails de Amy Pascal, alta executiva da Sony Pictures Entertainment, com o produtor Scott Rudin. Enquanto os dois tentavam fazer dar certo uma cinebiografia de Steve Jobs roteirizada por Aaron Sorkin (de The West Wing e The Newsroom), Angelina Jolie tentava puxar David Fincher, que seria o diretor do projeto, para dirigi-la em outro filme, uma cinebiografia de Cleópatra. Amy ficou irritada, para dizer o mínimo:

"Não vou destruir minha carreira por uma pirralha mimada minimamente talentosa que não pensou em desistir disso por dezoito meses para que ela pudesse dirigir um filme", escreveu, em referência ao período em que Angelina passou dirigindo o elogiado Unbroken.

Leonardo DiCaprio, o desprezível

Amy Pascal parece ser uma senhora cheia de opiniões: quando Leonardo DiCaprio desistiu de estrelar a cinebiografia de Jobs, ela ficou bastante chateada. A conversa entre ela e o produtor de Jobs, Mark Gordon, ocorreu mais ou menos assim:

Mark: Isso teve algo a ver com o acordo... ou ele só mudou de ideia?

Amy: Opção dois.

Mark: Comportamento horrível.

Amy: Desprezível, na verdade.

Sobrou até para Obama

Amy continua, desta vez novamente acompanhada por Scott Rudin. Em outro e-mail, os dois tentam adivinhar quais são os filmes preferidos do presidente Barack Obama. As respostas incluíam Django Livre, 12 Anos de Escravidão e Policial em Apuros, entre outros. Bonito, hein? (Não.)

Jennifer Lawrence, a injustiçada

Ela ganhou o Oscar, é uma das mulheres mais admiradas de Hollywood e uma das jovens atrizes mais rentáveis do mundo — mas tudo isso não foi suficiente para proporcionar paridade financeira em relação a seus colegas de elenco em Trapaça.

E-mails da Sony Picture revelam que, enquanto Christian Bale, Bradley Cooper e o diretor David O Russell receberam 9% dos lucros do filme, ela ficou com 7%.

Os pseudônimos dos famosos

Eles, muitas vezes, precisam se camuflar para sumir da vista dos paparazzi. E deviam fazê-lo sem sobressaltos até os hackers descobrirem seus pseudônimos. Sim, parte dos vazamentos inclui os nomes que celebridades utilizam para fazer coisas de gente normal (reserva em restaurante, check-in em hotel, etc). Tom Hanks atende por Harry Lauder ou Johnny Madrid, Natalie Portman, por Lauren Brown, e Jessica Alba por —nosso preferido— Cash Money.

Divulgação / Divulgação

Angelina: "uma pirralha mimada minimamente talentosa", segundo alta executiva da Sony
Foto:  Divulgação  /  Divulgação


Comente esta matéria
Sintonize a Itapema em Florianópolis 98.7, em Joinville, sintonize 95.3

Grupo RBS Fale Conosco | Anuncie | Trabalhe no Grupo RBS - © 2009
clicRBS.com.br • Todos os direitos reservados.