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Itapema FM  | 12/12/2014 07h02min

Formandos do Bolshoi vislumbram oportunidades dentro e fora dos palcos

Mais 26 bailarinos de balé e dança contemporânea estão prontos para o mercado de trabalho

Rafaela Mazzaro  |  rafaela.mazzaro@an.com.br

Formar cidadãos com oportunidades. A definição da missão da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil, em Joinville, dita pelo diretor geral da instituição, Pavel Kazarian, se ajusta como uma luva ao próximo passo dos 26 alunos que recebem, no domingo, o canudo de balé clássico e dança contemporânea da única filial da instituição fora da Rússia.

Os palcos nacionais e internacionais, destino de muitos que chegam a se despedir prematuramente da sala de aula, não é o único fim de jovens que passam até oito anos se dedicando ao método de ensino russo. Da escola, que comemora 15 anos de fundação em 2015, também podem sair coreógrafos, produtores, professores, iluminadores, cenografistas e –  por que não? – desenhistas, atores e fotógrafos.

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Foi essa explosão de possibilidades que Gabriela Moriondo, 19 anos, encontrou no contato com a dança contemporânea, quando ingressou na instituição há quatro anos. O fato de frequentar um espaço que, como ela define, amplia a liberdade para expressão, despertou a vontade de se dedicar ao desenho e à escultura. A jovem de Vitória, no Espírito Santo, pensa em trabalhar de forma que possa unir todas essas artes com a dança.

– A principal contribuição que o Bolshoi me deu foi a contemporaneidade, base para qualquer linguagem – justifica.

Até quem se prepara para ganhar os palcos estrangeiros, como é o caso de Kiran Bonnmera, 16, flerta com outras habilidades. O holandês que cresceu no Brasil embarca neste mês para a Suíça, para uma temporada no Balé Cinevox e pensa em satisfazer paralelamente o interesse pela fotografia e pela literatura.

– Estar no Bolshoi abriu a minha mente, me fez descobrir o mundo – conta.
 
Atuar na sala de aula é uma das possibilidades
 
Para Pavel, o objetivo da escola é formar bons bailarinos, mas ele acredita ser natural que muitos alunos busquem uma graduação, realidade social diferente da que teve a maioria dos pais.

– Se buscarem dar aula, melhor ainda, porque se tornam multiplicadores – comenta o diretor geral.

Esse pode ser o caso de Joyce Padilha, 19, que já atua como professora voluntária na Casa da Cultura de Joinville e enxerga na sala de aula uma oportunidade profissional após receber o diploma.

– Não descarto nenhuma possibilidade que seja relacionada à dança, pois é ela o que me faz feliz – diz.

Esta é a sétima turma de profissionais formados pela Escola Bolshoi. Para celebrar, os formandos de clássico apresentam, nesta sexta e sábado, trechos de renomadas obras de balé. Já os que sairão com diploma de dança contemporânea estreiam o espetáculo Onírico, com coreografia de Liliane Grammont.

A comemoração será no Teatro Juarez Machado, somente para convidados. Após a colação de grau, no domingo, os ex-alunos ainda ficarão sabendo o resultado da seleção para a Cia. Jovem do Bolshoi Brasil, companhia semiprofissional mantida pela instituição, que pode ser o primeiro passo para muitos deles iniciarem a carreira.

A NOTÍCIA
Rodrigo Philipps / Agencia RBS


Foto:  Rodrigo Philipps  /  Agencia RBS


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