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Itapema FM  | 11/12/2014 12h58min

Amazon lança serviço de aluguel de e-books

Será possível possível ter acesso a 700 mil obras digitalizadas, das quais 10 mil estão em português

A Amazon lança nesta quinta-feira seu serviço de aluguel de livros. Pagando R$ 19,90 por mês (o primeiro é grátis), é possível ter acesso a 700 mil e-books – dos quais 10 mil estão em português. Os números do Kindle Unlimited impressionam, mas uma olhada mais cuidadosa mostra que a estreia talvez tenha sido prematura. Não estão disponíveis na biblioteca digital da livraria obras de editoras como Intrínseca, Novo Conceito, Companhia das Letras, Record, Sextante, Objetiva, Cosac Naify, entre outras que costumam frequentar as listas de mais vendidos ou os espaços de resenhas dos jornais.

Existe o medo de que as vendas caiam e de que a remuneração para editoras e autores não seja justa – profissionais ouvidos que ainda estão negociando a adesão disseram que os contratos e os cálculos para recebimento são confusos. E, quando a Amazon diz que obras da Leya, Globo, V&R, Universo dos Livros, Gente, Panda, Belas Artes, Landmark, entre outras, estão no acervo, isso não quer dizer, necessariamente, que se trata da totalidade do catálogo.

A negociação varia de editora para editora. Os assinantes também terão à disposição títulos lançados pela própria empresa por meio de sua plataforma de autopublicação, a KDP – mas ela não diz quanto isso representa do acervo.

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Segundo Alex Szapiro, diretor da Amazon, o programa vai evoluir ao longo das semanas com a chegada de novas editoras como ocorreu com projetos similares - por exemplo, o Spotify, de música, e o Netflix, de filmes e séries.

Quem assinar poderá ter em sua biblioteca, por vez, 10 títulos. Não há, porém, limite de leitura e nem de tempo. Se emprestar um livro e não gostar logo de cara, é só devolver e escolher outro. E não é preciso ter um e-reader Kindle – o mais barato custa R$ 299. Basta usar o aplicativo da empresa. O serviço entra no ar nesta quinta-feira, mas a empresa não especificou o horário.

O valor da assinatura regula com o preço de venda de um único e-book de lançamento, mas o lucro não parece importar agora.

– A Amazon é uma empresa que busca, sim, lucro, mas não estamos preocupados com isso neste momento. Queremos ter uma boa seleção de livros e que, do ponto de vista da tecnologia, este seja o melhor programa – comenta Szapiro que diz, ainda, que nos Estados Unidos, onde o serviço foi lançado há seis meses, a empresa tem observado que leitores do Kindle Unlimited continuam comprando na loja.

– Se fizermos essas coisas que achamos certas, no longo prazo haverá uma retribuição, que significa que o cliente vai comprar mais e vai se tornar fiel. É nisso que acreditamos – completa.

Há dois anos a Amazon vende e-books no Brasil - são 42 mil títulos disponíveis - e desde agosto comercializa, também, livros físicos. Entre os players, é a mais criticada por livrarias e editoras especialmente pelos preços que pratica – às vezes, abaixo do valor de custo.

– Gastamos 99% da nossa energia olhando o cliente e 1% a concorrência. E trabalhamos com todas as editoras. A relação entre um comprador e um vendedor, até ela chegar aonde você quer, exige tempo e energia, mas considero nosso relacionamento hoje muito salutar – diz Szapiro.

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