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Itapema FM  | 06/12/2014 08h05min

Descubra os benefícios do yoga aéreo

Exercício conquista praticantes pelo tom mais lúdico e desafiador associado à prática com tecido

Lara Ely e Maria Rita Horn  |  lara.ely@zerohora.com.br

A sensação é de flutuar. É como se o peso do corpo se dissipasse no tecido, assim como as tensões. O movimento do vaivém lembra o de um balanço, enquanto as torções remetem a um contorcionista no picadeiro. Misture o alongamento e posições do yoga tradicional com as acrobacias e piruetas do tecido e terá uma ideia do yoga aéreo.

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Praticada em faixas de pano semielástico presas no teto, a modalidade facilita a realização de certas posturas do chão e aumenta o grau de desafio de outras. O tom lúdico e a possibilidade de ficar de cabeça para baixo sem comprimir pescoço e coluna são atrativos. Quem vence o medo das posições invertidas tem como recompensa a sensação de prazer, domínio do próprio corpo e bem-estar. De quebra, desenvolve força e flexibilidade e trabalha a respiração.

Depois de dois anos se dedicando a aprimorar conhecimentos em hatha yoga e acrobacia, a professora Clarissa Brittes buscou formação com profissionais que tinham experiência em circo. Atraiu-se pela leveza da técnica:

– É uma mistura de acrobacia, ginástica e alongamento que requer força nos braços, no abdômen e flexibilidade. Ajuda a alcançar posturas de solo de forma mais consistente.

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Por falar em abdômen, não tenha dúvida de que ele vai ser muito trabalhado no yoga aéreo. Na aula de Ariane Donato, dá para perceber que esse é um dos diferenciais dos exercícios no ar. Enquanto algumas posições podem ser adaptadas do chão para as faixas de pano, outras são exclusivas do yoga aéreo. Entre elas muitas que trabalham os músculos abdominais.

Sair da estabilidade do chão rumo ao ar também reforça o equilíbrio e trabalha bastante com tração da coluna, o que permite a descompressão vertebral, lembra Ariane. Por isso, é um exercício fortemente indicado para quem tem problemas de hérnia de disco ou desgaste das vértebras.

– Só é contraindicado para quem tem lesões mais graves de coluna – ressalta Ariane.

Também não devem fazer as pessoas que têm pressão alta e glaucoma (devido às posições invertidas, que deixam de cabeça para baixo, levando o sangue para a cabeça).

Praticante de yoga há cinco meses, Stephanie Blazejuk, 25 anos, ouviu a recomendação do médico traumatologista após uma lesão na lombar e decidiu fortalecer abdômen e coluna com pilates, até conhecer o aéreo e ser fisgada pelo lado lúdico do tecido.

– Consegui equilibrar exercício e reforço da musculatura com o lúdico. É mais dinâmico e faz alongamentos que não consigo fazer no chão – afirma.

O encanto foi tanto que ela prendeu um tecido no teto da sua casa para praticar no dia a dia. Com isso, consegue evoluir mais rapidamente nas posições que requerem alinhamento do corpo. Treina quase que diariamente e, com isso, consegue deixar o corpo ainda mais flexível para mandar ver nas piruetas.

Mais mobilidade no dia a dia

Anti-gravity Yoga, Aerial Yoga, Unnata Aerial yoga, Swing Yoga. A prática pode ter diferentes nomes, mas a origem é igual para todas: nasceu em Nova York, no início dos anos 2000, da combinação da yoga tradicional com a atividade circense.

– O aéreo é muito plástico, bonito, mas sempre lembro que o estético é o segundo plano. O benefício principal é o ganho em flexibilidade, força, equilíbrio. Isso permite que façamos outras atividades com mais mobilidade – afirma a professora de yoga aéreo Ariane Donato.

Foram os movimentos que lembram também uma dança que atraíram a empresária Christine Gerbauld, 36 anos, a começar a prática no estúdio Satta Shala:

– Gostei muito do aspecto estético, porque fiz muita dança. Mas o relaxamento, a meditação e os resultados incríveis que tive de ganho de força e músculos mais definidos também são ótimos.

Costumam procurar esse tipo de prática pessoas mais jovens, mas os mais velhos também podem fazer. Com pelos menos duas aulas por semana, o aluno já começa a perceber os resultados.

A leveza dos tecidos esvoaçantes e a possibilidade de alongar a coluna dentro deles atraíram a enfermeira Jéssica Consoni Abruzzi, 26 anos, para a primeira aula, no Bijam. Devido a dores que sentia nas costas, procurava uma atividade física de baixo impacto quando deparou com a possibilidade de alongar o corpo flutuando a alguns palmos do chão.

– A prática traz um conhecimento corporal que junta equilíbrio e alongamento. O suporte do tecido facilita o relaxamento – diz.

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