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Itapema FM  | 10/10/2014 10h02min

Coreógrafo Alejandro Ahmed revela músicas que foram marcantes em sua vida

Diretor do Cena 11 Cia da Dança há 21 anos, Alejandro Ahmed se prepara para fazer uma residência artística com os bailarinos do grupo no Japão durante um mês

Atualizada às 12h02min

Dança + Música
A música definiu um pouco a minha abordagem atual de dança. Quando comecei a dançar, ainda nos anos 80, a questão técnica era muito vinculada ao jazz e ao clássico. A partir da adolescência comecei a perceber certa dissociação entre a música que gostava de ouvir e pesquisar (punk rock, pós-punk e electronic body music) e aquela que de alguma forma era relacionada com o trabalho que eu fazia. A partir daí passei a tentar integrar de alguma maneira essas duas coisas para fazer algo que achasse mais coerente. Já criamos o Cena 11 pensando numa dança em função do corpo e isso foi bem relevante para o início da nossa mudança enquanto produção de arte contemporânea.

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MÚSICA MARCANTE

Eu não consigo lembrar uma música, mas tem um disco que acho importante, o The Downward Spiral, do Nine Inch Nails, de 1994, pela condução técnica emocional e pelo modo de compor música eletrônica, que navega com o universo que vem do pós-punk e passa pela bench music e se fortalece nas letras, organizadas como extensão da música. Foi um álbum referência para gente que escuta esse tipo de som. Também foi relevante porque é da época em que eu estava começando a dirigir o Cena 11. Nine Inch foi parte de algumas trilhas dos trabalhos iniciais.

 
 
SHOW IMPERDÍVEL

Um show a que assisti e gostei muito foi o do The Kills, na Melkweg, uma casa de espetáculos, em Amsterdã. Só os dois. Foi uma coisa muito simples e muito potente.

 

Não pode faltar

:: PARA ENSINAR A DANÇAR
Dexter, Ricardo Villalobos

:: PARA OUVIR QUANDO SE ESTÁ MUITO TRISTE
Álbum The Boatman's Call, Nick Cave

:: PARA SARCASMO POLÍTICO SEM CONCESSÕES
Happy Go Sucky Fucky, de Die Antwoord

:: PARA SE ACABAR DE DANÇAR
When Doves Cry, Prince

PARA ASSISTIR
Eu assisti no Japão ao Ryoji Ikeda, que é no fundo uma performance audiovisual - mas seria reducionista falar isso. É incrível! Ele como artista visual e artista de música de alguma forma propõe uma experiência multissensorial e converte som em um objeto.

DIÁRIO CATARINENSE
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