O americano Harlan Coben construiu uma lucrativa carreira literária com narrativas repletas de crimes aparentemente inexplicáveis, viradas súbitas de trama e personagens bem-humorados. Com 60 milhões de livros vendidos, Coben lança agora Seis Anos Depois (Arqueiro, 272 páginas, R$ 29,90), sobre um professor universitário que busca o paradeiro de uma paixão do passado. Nesta entrevista, o escritor fala sobre a obra e seu processo criativo.

Na sua opinião, qual é o motivo da boa recepção de seus livros no Brasil?

Tento escrever aquele livro que você leva para a cama às 22h e pensa "Bom, vou ler só por uma horinha e dormir", mas acaba ficando acordado a noite inteira porque não consegue fechá-lo ante de terminar. Quando crio, quero um livro que faça o leitor torcer, que tenha uma virada que o engane, que faça suspirar e até mesmo derramar uma lágrima. Brasileiros são pessoas apaixonadas e inteligentes, então respondem bem a isso.

Tento escrever todos os dias. A história vive em mim todo o tempo, mesmo quando não estou escrevendo. Normalmente crio um livro por ano. O segredo para escrever é... escrever! É algo que soa simples. Não esboce, não crie personagens, não faça pesquisa, não fique falando sobre isso. Apenas coloque sua bunda na cadeira e escreva!

Nós somos similares de vários modos. Ambos somos muito altos. E ambos também somos românticos e, ao mesmo tempo, sarcásticos. Nós entendemos o que é um drama pelo que vale a pena lutar.