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Itapema FM  | 29/08/2014 18h01min

Scarlett Johansson protagoniza filme que mistura ficção científica com policial oriental

Atriz americana vira uma garota com poderes especiais em "Lucy", longa do diretor francês Luc Besson

Roger Lerina  |  roger.lerina@zerohora.com.br

O diretor, produtor e roteirista Luc Besson especializou-se em filmes visualmente requintados – sejam eles policiais, comédias ou ficções científicas. Acertou pouco desde os tempos de Subway (1985) e Imensidão Azul (1988), tanto na França quanto em Hollywood. Surpreendentemente, porém, Lucy (2014) chega às telas para mostrar que o francês pode não ser um caso totalmente perdido de realizador afetado e raso.



O novo longa de Besson – cujo título é uma referência ao nome como foi batizado pelos arqueólogos o fóssil de 3,2 milhões de anos da considerada primeira mulher – casa com insuspeitada fluência o gênero de thriller violento sul-coreano e japonês com a fantasia científica de pretensões filosóficas.

Na história, Lucy (Scarlett Johansson) é uma jovem americana morando em Taiwan que, ao fazer um favor para o namorado, acaba involuntariamente envolvida com um chefão do crime. Ao lado de três homens, ela é forçada a virar "mula" para o gângster coreano Mr. Jang (Choi Min-shik, protagonista do antológico filme Oldboy, de Park Chan-wook), carregando dentro do corpo sacos de uma poderosa nova droga sintética. Antes de embarcar para seu destino, porém, uma das embalagens se rompe e a substância começa a ser absorvida pelo metabolismo de Lucy, expandindo sua capacidade cerebral para níveis inéditos na história da humanidade.

Graças aos superpoderes crescentes, a bela heroína livra-se de seus captores e viaja para a França com dois objetivos: impedir que a droga se espalhe pela Europa e encontrar o cientista Samuel Norman (Morgan Freeman), pesquisador dedicado a estudar as habilidades adormecidas do cérebro.

Em meio a cenas de luta coreografadas, fuzilaria pesada e perseguições de carro frenéticas – especialidade de Besson –, Lucy busca não apenas vingança, mas também autoconhecimento. É interessante ver como a personagem vai perdendo aquilo que a define como humana à medida que desenvolve poderes sobrenaturais. Apesar do desfecho chocho – o diretor não encontrou um final à altura da premissa do enredo –, há mérito em acrescentar preocupações existenciais à trama de ficção científica, na linha de clássicos como 2001 – Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick, e Viagens Alucinantes (1980), de Ken Russell.

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