Taylor Swift já reclamou que não lhe pedem um autógrafo "desde a invenção do iPhone com câmera frontal". Luana Ostter, que é integrante de um fã clube do Mc Jean Paul, não tem um autógrafo sequer do ídolo — mas já perdeu a conta do número de selfies que tirou com o cantor. Será que o costume de guardar assinaturas dos ídolos está chegando ao fim?

— Acho melhor a selfie, porque o momento fica registrado pra sempre — explica a fã. 

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Duda Garbi, apresentador da rádio Atlântida, acredita que o autógrafo está desaparecendo:

— Eu gostava de dar autógrafo. Era uma forma de deixar um recadinho para o fã, mas, de uns tempos pra cá, ele desapareceu e surgiu a selfie. Além de a selfie ter criado uma relação mais próxima para guardar uma lembrança do artista/pessoa favorita, ela também substituiu a maneira de te pedir uma foto. Nas apresentações que faço com o Pretinho Básico ou até andando por aí, as pessoas dizem às outras “tira uma selfie do Duda comigo?”. Eu acho engraçado e tiro. Mas a palavra entrou tanto no cotidiano da gente, que ela virou sinônimo e não estilo — analisa.

O comunicador vê vantagem na moda da selfie:

— Ela é mais rápida, ágil e simples. É legal porque, quando tirava apenas uma foto, o cara, muitas vezes mais alto que eu, encaixava o sovaco suado no meu ombro e eu contava os segundos para aquela troca de pele terminar. Falem bem ou falem mal, eu curto tirar uma selfie — defende.

Já o músico Duca Leindecker, um dos fundadores da banda Cidadão Quem e do duo Pouca Vogal, no entanto, não notou diminuição no número de recados escritos:

— Acho que depende da atividade da pessoa. Como eu tenho livros e discos, as pessoas pedem muito autógrafos, principalmente nos livros — conta.

O ator Zé Vitor Castiel compartilha da opinião de Duca:

—  De um bom tempo pra cá, o número de fotos aumentou em progressão geométrica, mas o autógrafo permanece. As pessoas querem ficar perto dos artistas e, hoje, todo mundo tem uma câmera na mão — reflete.

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