Itapema FM | 24/07/2014 08h01min
A vida do tenor britânico Paul Potts é, ela própria, o roteiro de uma tragédia. Mas está recheada de episódios engraçados que ajudam a dar leveza e uma dose de ternura à cinebiografia Apenas uma Chance (One Chance no original, repetindo o título de seu primeiro disco). O filme de David Frankel estreia hoje no circuito.
Quase homônimo do ditador cambojano Pol Pot, tímido, gordinho e com baixa autoestima, o cantor teve problemas de saúde diversos que incluem um desmaio no palco, na montagem de Aida, de Verdi, consequência ao mesmo tempo de uma apendicite mal curada e da ação de um tumor na tireoide. Antes, já havia decidido abandonar a incipiente carreira quando, excessivamente nervoso, não conseguiu cantar para seu ídolo Pavarotti em uma masterclass em Veneza – para onde pôde viajar a custo de sacrifícios econômicos.
A coisa só engrenou em 2007. Aos 37 anos, trabalhando em uma loja de celulares no País de Gales, ele venceu o reality show musical Britain’s Got Talent e se tornou uma espécie de Susan Boyle da ópera. Toda a sua aventura está no filme, devidamente pontuada por licenças que permitem acomodá-la às fórmulas narrativas dos dramas hollywoodianos mais convencionais (Frankel é o diretor de O Diabo Veste Prada e Marley & Eu).
Mas Apenas uma Chance é bom. James Corden esbanja carisma (e solta a voz) como o protagonista, e não falta graça à sua namorada, interpretada por Alexandra Roach.
Ambos são capazes de variações competentes de tom e cumprem papel fundamental para não deixar o filme ser contaminado por excessos. Não se trata de uma equação simples, vale ressaltar.
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