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Itapema FM  | 22/07/2014 19h03min

Ballet do Uruguai e homenagem à Sagração da Primavera deram o tom às noites especiais na 31ª edição

Neste ano, o Festival ocorreu de 16 a 27 de julho

Com quase 80 anos de tradição no Uruguai, o Ballet Nacional (Sodre), com sede em Montevidéu, desembarcou pela primeira vez em Joinville para se apresentar na Noite de Abertura do 31º Festival de Dança.

Além do peso da tradição, a companhia mantida pelo governo do Uruguai e aberta à iniciativa privada trouxe, na direção artística, a experiência do argentino Julio Bocca – bailarino por duas décadas da American Ballet e ex-integrante do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.

Para a abertura do Festival de Dança, o argentino escolheu quatro peças de balé e trouxe um elenco de 36 bailarinos, entre eles uruguaios, argentinos, espanhóis, peruanos, americanos, paraguaios e brasileiros.

Doble Corchea, coreografia do venezuelano Vicente Nebrada, composto de movimentos e conjunto e duos. O romantismo ficou por conta de El Corsario – Pas D’esclave, clássico de Marius Petipa, executado pelo espanhol Ciro Tamayo, formado pela Royal Ballet School, e um das solistas do American Ballet. Em Without Words, do espanhol Nacho Duato, a companhia uruguaia mostrou mais uma de suas facetas: o contemporâneo.

Com música instrumental de Franz Schubert, a coreografia demostrava a vontade de Bocca a aproximar cada vez mais o grupo de novas experiências.
Para fechar o espetáculo de uma hora e meia, o grupo apresentou uma das primeiras criações do consagrado Jirí Kylián: Sinfonietta, um clássico da dança moderna sobre as complexas relações amorosas entre os homens e mostra o refl ete a preocupação de Kylián com a musicalidade.

Em 2013, a Noite de Gala do Festival de Dança resgatou a história de um balé que completava 100 anos: A Sagração da Primavera. O espetáculo estreou pela companhia Ballets Russes em 29 de maio de 1913, no Théâtre des Champs-Élysées, em Paris. Na noite do dia 22 de julho, às 20 horas, foi apresentado no palco do Centreventos Cau Hansen da mesma forma como naquela primeira apresentação mas, desta vez, pelo Balé do Teatro Guaíra e pela Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

Logo depois das sílfides (mulheres graciosas, presentes na mitologia como criaturas pequenas, elementais ou fadas do ar), apresentadas pelas bailarinas do Bolshoi, entrou em cena o Balé do Teatro Guaíra, com a nova versão coreográfica de Sagração da Primavera, da diretora portuguesa Olga Roriz.

A obra mostrava a cena de um ritual pagão em que uma virgem é eleita para ser sacrificada em nome de uma boa colheita. e dança até morrer.
Na montagem do Guaíra, o personagem Sábio torna-se protagonista, abrindo a apresentação, e a Eleita não é vítima, mas privilegiada por ser a escolhida, assim dança feliz e sem medo.

Com o orgulho estampado no rosto, foram os joinvilenses da Escola Pedro Ivo Campos que abriram a Noite dos Campeões no sábado, última atração do evento.
A coreógrafa Elisiane Wiggers repetiu o que sabe fazer de melhor: pesquisar culturas brasileiras e a elas ser fiel. Assim foi com a tradição pernambucana do Cavalo Marinho. Mas não foram as danças populares a roubar a cena da Noite dos Campeões.

As danças urbanas retornaram ao palco dos premiados depois de uma edição ausente do pódio. Teve mãos que dançavam, passos das ruas movidos por solo de piano e até um carro para dar um toque de ousadia no gênero. Os talentos individuais também não podem ser esquecidos. Bianca Teixeira, da Cia. Adriana Soares (SP); Letícia Dias, da Cia. Petite Danse (RJ); e Adhonay Soares, do Balé Juvenil Centro Cultural Gustav Ritter (GO), se apresentaram mais de uma vez como campeões desta edição, variando entre solos e duos de balé clássico e repertório, sempre muito aplaudidos e donos da maior parte dos assovios.

A NOTÍCIA
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