Itapema FM | 02/07/2014 15h21min
O Cinema do CIC (Centro Integrado de Cultura) passará a ser administrado provisoriamente pelo MIS, o Museu da Imagem e do Som de Santa Catarina. Filmes que fazem parte do acervo do Museu estarão em cartaz a partir do dia 10 deste mês, para evitar que o espaço fique fechado ao público com a saída do Paradigma Cine Arte da operação. Produções catarinenses realizadas com recursos do edital Prêmio Catarinense de Cinema serão os primeiros a serem exibidos.
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Em razão do alto custo de operação e contrato inexequível, o empresário e cinéfilo Frederico Campos Didoné, responsável pelo Paradigma, optou por não renovar o contrato - que venceu no dia 30 de junho - com a Fundação Catarinense de Cultura (FCC), administradora do Cinema. Ele assumiu o espaço há dois anos e meio e exibia filmes cult, característica pela qual a sala passou a ser uma das principais do Estado especializada nesse gênero ainda antes de seu fechamento para reforma em 2009.
De acordo com a Secretária Adjunta da Secretaria de Estado de Turismo, Cultura e Esporte (SOL), Maria Teresinha Debatin, passar a operação para o MIS foi uma solução provisória para que a sala não fique fechada até o novo edital ficar pronto.
— Estamos agendando uma reunião com pessoas da área de cinema para ver como podem contribuir para o novo edital — diz.
Sobre o edital anterior, ela reconhece que as despesas eram altas para o operador e comentou que o número de pagantes de meia-entrada chegava em alguns casos a quase 100% do total de pagantes. O aluguel era em torno de R$ 2.600 por mês, além de gastos com direitos autorais, divulgação, limpeza, manutenção dos equipamentos e o pagamento de três funcionários.
Mostras nacionais e um café para o CIC
Dentre os títulos do acervo do MIS estão as produções realizadas com recursos do edital Prêmio Catarinense de Cinema. Nas oito edições desde 2001 foram realizados sete longas e 81 curtas, vídeos, documentários e projetos de vídeos - nem todos estão concluídos. Segundo a administradora do MIS, Cristiane Pedrini Ugolini, além das produções catarinenses poderão ser exibidas mostras de filmes de outros estados, como Paraná e Bahia, por meio de parcerias com fundações culturais desses estados.
Ela sinalizou para a possibilidade de parceria com consulados de países como Argentina, para exibir filmes produzidos por lá. Em princípio as exibições serão gratuitas. Uma reunião na tarde desta quarta-feira definirá detalhes como horários de exibição. Até o fechamento desta edição a reunião não havia terminado.
Para chamar o público para o CIC, uma das propostas da FCC é a abertura de um pequeno café no hall de entrada do prédio, ao lado da rampa de acesso ao Teatro Ademir Rosa. A Secretária Adjunta da SOL adianta que o projeto prevê apenas três mesas e o edital para obra e administração está sendo elaborado.
— Há projeto também para um café maior, que contemple a biblioteca de artes e área as exposições — comenta.
Sobre a última etapa da reforma de CIC, a ala norte, ela afirma que o projeto está sendo discutido internamente e não tem previsão de lançamento de edital.
— Tem pré-projeto pronto para redefinir espaços, mas como é ano eleitoral nada será definido antes das eleições.
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O Cinema do CIC foi reaberto em 30 de dezembro de 2011, depois de dois anos fechado em razão da reforma do prédio. Nesse período exibiu mais de 250 títulos e reuniu cerca de 48 mil pessoas, uma média de 300 por semana, o que pode ser considerado um bom número levando em conta que a programação repetia os filmes em cartaz no Paradigma.
DIÁRIO CATARINENSE
Filme "Rendas no Ar, de Sandra Alves, contemplado com o edital em 2009, é uma das produções do acervo do MIS
Foto:
Felipe Carneiro
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