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Itapema FM  | 17/06/2014 16h52min

Pâncreas biônico feito com iPhone combate diabetes com eficácia

Em adultos, cientistas constataram redução de 37% das intervenções para corrigir hipoglicemia em comparação às realizadas com uma bomba tradicional

Um iPhone modificado com um sensor e conectado a uma agulha inserida no paciente se mostrou eficaz em manter os níveis de açúcar em pessoas com diabetes tipo 1, revelou um estudo publicado nos Estados Unidos.

Ao contrário das bombas normalmente usadas, este novo aparelho, construído a partir de um iPhone, dispensa insulina e glucagon (hormônio que eleva o nível de glicose no sangue quando necessário) quase sem intervenção do paciente. O "pâncreas biônico" tem um sensor em uma agulha inserido debaixo dele, que controla automaticamente e em tempo real os níveis de sangue no organismo e injeta insulina ou glucagon em função da necessidade, com a ajuda de duas mini-bombas automáticas.

Este pâncreas artificial permitiu aos pacientes manter o nível correto de açúcar no sangue e, além disso, evitar variações perigosas do valor, explicaram os cientistas do Hospital de Massachusetts em um estudo publicado na New England Journal of Medicine.

A diabetes juvenil ou de tipo 1 se manifesta geralmente na infância ou entre adultos jovens. Trata-se de uma doença crônica causada pelo mau funcionamento do pâncreas, que às vezes é incapaz de produzir a quantidade necessária de insulina.

— O pâncreas biônico reduz o nível médio de glicose no sangue em níveis que dimuem o risco de complicações diabéticas. É extremamente difícil para os diabéticos, com as tecnologias atuais, manter os níveis desejáveis de açúcar no sangue— afirma Steven Russell, professor adjunto de Medicina no Hospital Geral de Massachusetts e co-autor principal do estudo.

Os cientistas testaram o novo sistema durante cinco dias com 20 adultos que continuaram com sua atividade normal. Também avaliaram o "pâncreas artificial" com 32 adolescentes com diabetes tipo 1 durante cinco dias em um acampamento de férias.

No grupo de adultos, os cientistas constataram uma redução de cerca de 37% das intervenções para corrigir taxas muito baixas de açúcar (hipoglicemia) em comparação às realizadas com uma bomba tradicional. Enquanto isso, no grupo de adolescentes, a redução foi mais que o dobro. Ambos os grupos registraram melhoras claras de sua glicemia com o pâncreas artificial, sobretudo durante a noite.

AFP
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