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Itapema FM  | 01/06/2014 19h38min

Jogatina Tech: o jogo Watch Dogs deve ser entendido para além de tiros e perseguições

E mais: Wolfenstein – The New Order e Gears of War em livro

Atualizada em 02/06/2014 às 15h36min Gustavo Brigatti  |  gustavo.brigatti@zerohora.com.br

Tenho pra mim que grandes jogos nem sempre são aqueles que se dão melhor como... jogos. Watch Dogs, lançado com pompa e circunstância na semana passada, é um caso assim – o que, para os taradinhos por novidades, pode ser bem decepcionante. Mas, se você joga no meu time, vai enxergar muito mais no novo título da Ubisoft do que tiroteios.

>>Leia o blog Jogatina Tech, por Gustavo Brigatti


Desenvolvido ao longo de cinco anos, Watch Dogs prometia entregar uma experiência de jogabilidade revolucionária, apoiada no sistema de hackeamento de elementos do cenário que o protagonista, Aiden Pearce, dispõe. E o recurso de fato impressiona, especialmente porque se dá com o apertar de um único botão.

Mas, após poucas horas de jogo, torna-se banal provocar apagões em Chicago, atrapalhar o trânsito e roubar senhas de banco: Watch Dogs se transforma em um sub-GTA – ou um Assassin’s Creed do futuro, para não sair da casa da Ubisoft. Fica impossível conter a sensação de “Ah, mas eu já joguei esse jogo”. A não ser, claro, que você leia nas entrelinhas. Daí a coisa fica séria.

Watch Dogs amplia a fantasia totalitarista que o escritor George Orwell descreveu no clássico 1984 – um Estado que mantém o cidadão sob vigilância 24 horas por dia – para uma realidade em que um cidadão (Pearce) faz uso desse sistema para vigiar e combater a empresa responsável pelo sistema. Sacou o mindfuck?

Mas não é só: o mesmo aparelho usado para hackear as câmeras acessa informações de todo mundo que Pearce encontra – informações conseguidas pela internet, ou seja, conteúdo que as próprias pessoas, conscientemente ou não, forneceram. De bobagens (“está atrasado com a hipoteca”) até intimidades (“compra pornografia sadomasoquista”), está tudo disponível ao toque de um botão. Agora pense: o quanto disso já deixou de ser ficção?

Nazistas no blog

Nazistas, você sabe, se prestam para qualquer coisa. Quando se trata de videogames, então, parece que os roteiristas bebem chá de fita com água de bateria. O que não é necessariamente ruim, como prova o recém-lançado Wolfenstein – The New Order, que mostra um mundo onde os alemães venceram a guerra e mudaram os rumos da história. Um dos bons lançamentos do ano é a review de estreia do blog da coluna.

Gears of War em Livro

Em 2010, eu estava mergulhado tão fundo no universo de Gears of War que por pouco – mas muito pouco, mesmo – não tatuei o logotipo do jogo no peito. Um dia o farei, mas, por enquanto, estou feliz da vida lendo Fim da Coalizão, catatau de quase 450 páginas que narra eventos anteriores ao terceiro game da série – ou seja, é livre de spoilers para quem ainda não jogou. Aos personagens clássicos – Dom, Marcus, Baird – se juntam novos elementos na luta contra a ameaça Locust, numa prosa às vezes rebuscada demais da escritora Karen Traviss. O livro é um lançamento da Única Editora e sai por R$ 44,90.

SEGUNDO CADERNO
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