Itapema FM | 02/06/2014 07h
Já se passaram oito anos que Rodrigo Hermesmeyer, aluno da Casa da Cultura de Joinville, embarcou no ônibus para o Rio de Janeiro, mas parece que foi ontem que o bailarino deu adeus à carreira profissional no País para construir uma vida no exterior. Hoje, aos 24 anos, ele passa despercebido pelas ruas da cidade onde nasceu, enquanto na cidade norte-americana Tulsa, no estado de Oklahoma, é reconhecido mesmo sem figurino.
O desconhecimento talvez não seja culpa da distração dos espectadores. Rodrigo saiu muito jovem da cidade, deixando algumas participações no Festival de Dança, como bailarino da Casa da Cultura e do Conservatório de Dança do Rio de Janeiro, e até seus pais, que continuam morando em Joinville, não veem uma apresentação do filho desde 2009. A chance de voltar ao palco da cidade natal já foi dada pela própria Casa da Cultura, que tem Rodrigo como ex-aluno referência. Em junho, quando a Escola Municipal de Ballet completa 40 anos, haverá duas noites de comemoração no Teatro Juarez Machado, e Rodrigo, que está de férias na cidade, será a estrela convidada. A gala está marcada para 27 e 28 de junho.
Passo a passo, o joinvilense foi conquistando seu espaço dentro da companhia que está entre as dez mais conceituadas dos Estados Unidos. Até este ano, ele foi o primeiro brasileiro a compor o quadro de bailarinos da Tulsa Ballet - para a próxima temporada, outros dois brasileiros foram contratados. Ele começou como corpo de baile até ser promovido a demi-solista em 2012, e, no ano passado, passou a estar entre os quatro solistas da companhia e também a coreografar para o elenco de 16 a 20 anos da Tulsa.
— Tudo aconteceu na minha vida de uma forma inusitada, mas no momento certo. Foi assim que comecei a dançar, sem nem saber o que exatamente era balé, e como descobri que queria me tornar profissional e fazer parte de uma grande companhia — conta o bailarino.
Rodrigo tem muitas outras metas a bater. Além de buscar o posto de primeiro-bailarino, ele mantém a vontade revelada quando nem havia embarcado para os Estados Unidos: trabalhar em Paris, na França, continua sendo seu sonho.
— Essa vontade é o que me motiva e me faz crescer — afirma.
Além da participação nas comemorações da escola de Joinville, Rodrigo, que ficará na cidade até julho, oferecerá aulas para as alunas da Casa da Cultura.
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