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Itapema FM  | 28/05/2014 18h31min

"No Limite do Amanhã" traz boa mistura de ação com ficção científica

Filme com Tom Cruise e Emily Blunt estreia nesta quinta-feira no circuito

Daniel Feix  |  daniel.feix@zerohora.com.br

Com estreia nesta quinta-feira em todo o circuito, No Limite do Amanhã mistura ação com ficção científica, Guerra dos Mundos (2005) com Contra o Tempo (2011): vai a um futuro indefinido para narrar a luta de um major norte-americano (Tom Cruise) contra um exército de alienígenas poderosos que tomaram o continente europeu. Mas, espera, ele os enfrenta sozinho? É claro que não! Sem a ajuda de uma parceira linda e loira (Emily Blunt), o herói não conseguiria salvar o mundo.

Brincadeiras à parte, No Limite do Amanhã foge dos clichês narrativos dos filmes-catástrofe ao emular o longa de Duncan Jones (Contra o Tempo) no qual um agente do governo tinha o poder de voltar ao passado para mudar o curso dos acontecimentos. Aqui, a coisa é ainda mais engenhosa (mas muito bem articulada no roteiro que adapta a obra do japonês Hiroshi Sakurazaka): ao se engalfinhar com um alien no campo de batalha, o major é "contaminado" pelo inimigo, tendo acesso aos seus poderes, que incluem o controle da passagem do tempo.

A partir daí ele passa a reviver, repetidamente, aquele mesmo dia. E tome tiros e luta corporal com as estranhas criaturas, numa praia inglesa à qual o espectador é levado de uma forma que lembra a recriação do Dia D da II Guerra Mundial em O Resgate do Soldado Ryan (1998): se o filme de Steven Spielberg usava o potencial imersivo das novas tecnologias de então (salas stadium, som digital em seis canais), No Limite do Amanhã explora as possibilidades do 3D com competência, tornando as sequências de confronto um espetáculo de entretenimento à parte.

É como nos videogames, em que a morte não significa o fim, mas o início de uma nova vida: aprendendo com os erros, a cada recomeço o herói (e sua bela parceira) consegue avançar mais, eliminando batalhões e batalhões para chegar ao big boss do mal. Isso em uma Europa devastada. Entre os cenários usados, chamam a atenção o Louvre parisiense, completamente inundado, e uma Trafalgar Square londrina a servir de base para helicópteros do exército.

No Limite do Amanhã custou US$ 180 milhões, fortuna superada apenas pelos projetos com os quais a indústria almeja arrecadações na casa do US$ 1 bilhão. Pode-se dizer que se trata de um teste para Tom Cruise, galã de imagem desgastada, e também para Doug Liman, produtor da Trilogia Bourne (2002 – 2007) e diretor de Sr. & Sra. Smith (2005) que havia deixado a correria de lado para realizar o bom drama Jogo de Poder (2010) e agora está de volta aos blockbusters de ação para as massas.

Ação de qualidade, inventiva em sua construção narrativa e com uma pitada de humor que faz toda a diferença, você vai ver.

NO LIMITE DO AMANHÃ
(Edge of Tomorrow)
De Doug Liman. Com Tom Cruise e Emily Blunt.
Ação/Ficção científica, EUA, 2014.
Duração: 110 minutos.
Classificação etária: 14 anos.
Cotação: 3 estrelas (de 5).

SEGUNDO CADERNO
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