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Itapema FM  | 22/05/2014 06h01min

Novo longa da franquia "X-Men" estreia hoje nos cinemas

Zh conversou com James McAvoy e Patrick Stewart, dois atores que vivem o Professor Charles Xavier

Roger Lerina*  |  roger.lerina@zerohora.com.br

Na nova aventura dos mutantes, o que parecia impossível acontece: o Professor Charles Xavier (Patrick Stewart) e seu arqui-inimigo Magneto (Ian McKellen) se unem para evitar a extinção de sua raça. Para além dessa inusitada aliança, X-Men: Dias de um Futuro Esquecido propõe ainda uma outra associação complexa: tanto o mocinho quanto o vilão precisam convencer suas versões jovens a mudarem suas convicções. O filme que dá seguimento a X-Men: Primeira Classe (2011) estreia no Brasil em 995 cinemas, antecedido por um esquema de publicidade que incluiu a vinda ao país dos atores Patrick Stewart e James McAvoy (leia entrevista abaixo).

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Dias de um Futuro Esquecido começa mostrando os mutantes do bem e do mal lutando juntos contra os Sentinelas – androides exterminadores criados anos atrás pelo empresário de tecnologia Bolivar Trask (Peter Dinklage, o anão Tyrion Lannister de Game of Thrones). Para alterar esse futuro, Wolverine (Hugh Jackman) é enviado de volta ao passado, em 1973, a fim de convencer os então moços Professor (McAvoy) e Magneto (Michael Fassbender) de que a única forma de destruir essas máquinas é a colaboração entre os rivais.

Em vídeo, Roger Lerina dá dicas aos apaixonados pela série de filmes:

Zh entrevista Stewart e McAvoy

Zero Hora - Como foi dividir o mesmo personagem? James, você buscou emular Patrick de alguma forma?

James McAvoy – Nunca senti que tenha imitado muito o Patrick. Sinto que tentei identificar a principal característica dele, que eu achava importante, que é a empatia. Talvez seja uma característica do Xavier, porque é a forma com que o personagem foi escrito, ou talvez seja porque Patrick o criou assim. Acho que é uma combinação dos dois. A energia que sai dele é carregada de empatia. Foi importante trazer isso para o meu papel também. Mas sempre senti que tinha livre-arbítrio, na verdade, sabendo que, em algum momento no terceiro filme, provavelmente teria que me igualar a ele e imitar muito mais aquilo que Patrick já havia feito.

Zero Hora - E quanto a você, Patrick, o que acha de James sendo você?

Patrick Stewart – Apesar de, ao longo dos anos, eu ter deparado com vários alienígenas e muitas situações humanas incomuns também, nunca estive em uma cena em que precisasse ficar cara a cara com meus personagens bem mais jovens. Então, as pessoas perguntam “Como você se preparou?”. O fato é que não tivemos quase nenhuma preparação além da que fizemos sozinhos. Assisti a X-Men: Primeira Classe e realmente gostei, fiquei intrigado com a pessoa que eu havia sido. Tão intrigado que gostaria de voltar e refazer todos os filmes agora, para ter mais do James McAvoy nesse Charles Xavier. Não lembro de ensaiar essa cena, mas Bryan (Singer) disse que tinha uma ideia muito clara de como queria que fosse filmada. Originalmente, seria apenas uma filmagem dupla de perfil, mas ele acabou abrindo a cena um pouco mais. Eu sabia que o Wolverine estava contatando esses caras, mas, de repente, o Charles Xavier mais jovem estar aqui em uma sala comigo foi extraordinário. 

Zero Hora - Essa história dos X-Men é ainda mais sombria do que a anterior. Vocês concordam?

McAvoy – Acho que, de qualquer forma, a história ficaria mais sombria. O Patrick falou bastante da maneira com que o Primeira Classe começava. Ele abre em um cenário em que você tem pessoas sendo perseguidas por sua etnia ou religião, na II Guerra Mundial. É sombrio. E é real. E é isso que abastece os filmes da série X-Men, sempre. É essa pequena parte de energia sombria, que é a perseguição das pessoas que são diferentes. Então, acho que escolher ou não usar essa escuridão durante todo o filme é uma decisão do diretor e do roteirista. Mas parece que eles realmente optaram por usá-la desta vez. Fiquei bem orgulhoso pela Fox, pelo Bryan e pelo Simon Kinberg (roteirista) fazerem isso, e por eu fazer parte disso com eles.

Zero Hora - Patrick, como é trabalhar novamente com Ian McKellen, com quem você contracenou em Esperando Godot? Tanto na peça de Samuel Beckett quanto em X-Men vocês são antagonistas.

Stewart – Bem, houve muita hostilidade por parte do Magneto. Xavier só ficou triste e atormentado pelo fim desse relacionamento, dessa amizade antiga. Mas, nos últimos anos, Ian McKellen e eu passamos muito tempo juntos, no palco e também na frente das câmeras. Em abril do ano passado, passamos o mês inteiro juntos filmando Dias de um Futuro Esquecido. Depois de algumas semanas de pausa, partimos para os ensaios em Nova York não apenas de Esperando Godot, mas também para Terra de Ninguém, a peça de Harold Pinter. E nós fizemos isso por quase 10 meses. Sempre fui atraído por coletivos, por trabalhar em companhias, o que X-Men é, e é assim que eu sinto. Seja a Royal Shakespeare Company ou Jornada nas Estrelas, gosto da intimidade, do calor e da criatividade que vem de ter tanta confiança.

Confira abaixo o trailer de X-Men: Dias de um Futuro Esquecido:

*O jornalista viajou para São Paulo a convite da Fox.

ZERO HORA
fox / Divulgação

James McAvoy e Patrick Stewart interpretam Professor Xavier, mentor do grupo de mutantes
Foto:  fox  /  Divulgação


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