Após o sucesso da trilogia Batman Begins, a franquia Batman já tem confirmado um novo filme, dessa vez sob a direção de Zack Snyder (que trabalhou em sucessos como Homem de Aço, Watchmen e 300). Com o nome provisório Batman vs.Superman – inspirado em uma história em quadrinhos de 1986 – o novo trailer terá o ator Ben Affleck no papel de Bruce Wayne e a estreia está prevista para 2016. 

Para atiçar a curiosidade dos fãs, Snyder decidiu divulgar as primeiras imagens de uma nova versão do Batmóvel, que à primeira vista, parece recuperar o estilo dos carros mais antigos da saga.

Via Twitter, o diretor instigou o público nesta segunda-feira, dia 12 de maio de 2014, ao postar uma foto do carro coberto, com a legenda: “Could be time to pull the tarp...Tomorrow?” (“Seria a hora de puxar a lona... Amanhã?”). Na terça-feira, dia 13, foi a vez de mostrar a parte superior do carro, ao lado do novo Batman, encarnado por Afleck. A nova trama, também trará a personagem Mulher Maravilha. 

Confira as fotos (clique para ampliar):

Confira os modelos antigos já lançados nas telonas:

Modelo 1
Em 1989, foi lançado o primeiro filme do homem-morcego desde 1966. Dirigido por Tim Burton, Batman tinha Michael Keaton no papel-título. O design de Gotham City e do Batmóvel ficou a cargo de Anton Furst (1944-1991). Ele trabalhou tão bem que ganhou o Oscar de Melhor Direção de Arte em 1990. Furst queria que seu Batmóvel fosse diferente de todos os modelos anteriores e combinasse força bruta e características do design clássico. Para montar o veículo, foram usados dois chassis de Impala, motor de um Chevy V8 e uma estrutura feita sob medida. Os pneus eram Mickey Thompson, famosos no off-road e considerados um dos melhores pneus de arrancada no mundo.

 
 

Longo e baixo, o Batmóvel media 5,25m de comprimento, 2,4m de largura e 1,3m de altura . O nariz do veículo trazia uma turbina a jato, acompanhada por amplos pára-lamas dianteiros semelhantes a uma mandíbula. A traseira do carro tinha um design arredondado, influenciado por veículos dos anos 1930. Um par de nadadeiras relativamente curtas sob os pneus traseiros completava o visual. Internamente, o Batmóvel tinha espaço para duas pessoas e um painel parecido com uma cabine de pilotagem de avião com sistema de reconhecimento de voz e autodiagnóstico.
 
Entre os dispositivos do carro estavam: bombas esféricas, um par de metralhadoras Browning posicionadas na dianteira e lançadores de disco laterais. Para realizar manobras rápidas, o veículo tinha lançadores de ganchos laterais e um "pé" central capaz de levantar o carro e girá-lo a 180 °. O Batmóvel ainda podia "se fechar" em uma armadura-casulo. Para evitar perseguições e uma possível captura, o Batmóvel de Furst tinha dispensadores de óleo, emissores de fumaça e o modo "batmíssil" que reconfigura o carro de modo que ele caiba em espaços estreitos.

 
 

 

O Batmóvel de Anton Furst foi aposentado depois de Batman - O Retorno (1992), também de Tim Burton.
 
 
Modelo 2
Em 1995, um novo diretor assumiu os filmes do homem-morcego. Batman Eternamente, de Joel Schumacher, também tinha um novo Batman, o ator Val Kilmer. O longa era bem diferente dos anteriores assim como o Batmóvel. Dessa vez, ele foi desenhado por Barbara Ling e construído pela empresa TransFX Inc. Bárbara queria dar uma estética mais orgânica ao veículo e desenhou um carro que parecia ter asas de verdade. Para acentuar o design do veículo, os painéis de motores, as rodas e armação foram iluminadas de modo que parecessem brilhar na cor azul.

 
 
















Com motor de um Chevrolet 350 ZZ3, o Batmóvel de Barbara lembrava os modelos anteriores devido a sua cabine, aos pára-choques separados e ao motor a jato. O teto, com uma barbatana, também trazia referências a modelos antigos, com um toque mais moderno. As rodas foram feitas de modo que os logos de morcego ficassem na posição vertical, enquanto as rodas giravam. Era maior que o modelo anterior, medindo 7,62 de comprimento, 2,4m de largura e 3,2 de altura. Para construí-lo foi usada fibra de carbono.
 
O cockpit de dois lugares do Batmóvel tinha monitor traseiro, display de diagnóstico de sistema e painel eletrônico personalizado. Se Batman fosse perseguido, o veículo tinha dois modos principais de evasão. Ele podia alinhar as quatro rodas perpendicularmente à sua linha central, permitindo um movimento lateral rápido. Além disso, podia redirecionar a descarga de seu motor a jato e lançar cabos de enganche. O veiculo podia ainda empinar o nariz e escalar superfícies verticais como se estivesse andando em um terreno plano.
 
Esse modelo de Batmóvel foi parcialmente destruído em Batman Eternamente, quando o Charada (Jim Carrey) colocou um saco de explosivos no cockpit.
 
 
Modelo 3
Em Batman & Robin, de 1997, a dobradinha Joel Shumacher e Barbara Ling foi repetida, mas nem o Batman, nem o Batmóvel eram os mesmos. Dessa vez, quem dava vida ao homem-morcego era o ator George Clooney. O carro também foi modificado. Barbara achou que o modelo anterior não teve a presença em tela que ela desejava. Para o novo carro, ela então foi buscar inspiração nos antigos roadsters de corrida como o Jaguar D Type. Barbara juntou-se novamente à empresa de efeitos especiais TFX e criou o novo Batmóvel, agora com  9,14 m de comprimento, um dos mais longos Batmóveis da história).

 

Esse Batmóvel lembrava seu antecessor com armação, painéis e rodas iluminados. Dessa vez, as luzes não eram apenas azuis, havia luzes vermelhas, laranjas e amarelas. Em vez de um escape único, este modelo tinha uma traseira alongada, com três escapes menores. Uma máscara de morcego foi incorporada ao nariz do carro. As rodas, mais uma vez, tinham logos de morcego.
 
O cockpit tinha um único assento apenas. O arsenal de armas e aparelhos do Batmóvel era controlado por um computador ativado por voz. O motorista tinha acesso, por trás do volante, a um sistema de comando multifuncional que oferecia ativação imediata de armas em caso de ataque. O carro foi equipado com lançadores de foguetes, lançadores de ganchos dianteiros e traseiros, infravermelho e unidades de rastreamento a laser, bombas de eixo localizadas nas rodas, assento ejetável e uma unidade disfarçada que vira um veiculo de emergência.
 
Este foi o último Batmóvel antes da trilogia dirigida por Christopher Nolan.


Modelo 4
Depois de uma pausa de oito anos, o homem-morcego voltou aos cinemas em 2005 com Batman Begins. Dirigido por Christopher Nolan e com Christian Bale no papel principal, o longa não era nem uma continuação nem um prólogo dos filmes anteriores, mas sim um recomeço. Como não podia ser diferente, o Batmóvel era completamente diferente dos demais. O veiculo foi desenhado por Nolan e pelo diretor de arte Nathan Crowley e construído pelos engenheiros Chris Corbould e Andy Smit.

 
 

 

Uma das preocupações principais de seus criadores era tornar o Batmóvel o mais real possível. Com largura de 2,74m e 4,57m de comprimento, o carro pesava 2,5 toneladas, mas podia ir de 0 to 97 km/h em menos de 6 segundos, atingindo velocidade máxima de 169 km/h. O veículo ainda podia pular até 9 metros de altura, sem auxílio.
 
Batizado de Tumbler e similar a um tanque, o Batmóvel era um veículo experimental que nunca chegou a ser produzido e foi apresentado a Bruce Wayne pelo cientista Lucius Fox (Morgan Freeman), funcionário nas empresas Wayne. O conceito do carro era o seguinte: graças a superfícies de controle ajustáveis e um motor de jato, o Tumbler era capas de fazer saltos, sem a necessidade de rampas, e funcionar como bases para pontes temporárias.
 
A configuração básica do carro incluía o motor de um Chevrolet V8, quatro pneus traseiros monster truck aro 44 e um sistema de suspensão de caminhões de corrida. A cabine tinha espaço para o motorista e um passageiro, com a possibilidade disposição especial para o motorista. Em situações normais, o motorista simplesmente senta no banco esquerdo. No modo "ataque", o banco do motorista é movido para o centro do carro, abrindo um espaço para que o motorista seja reposicionado de modo a ficar deitado de barriga pra baixo com a cabeça posicionada entre as rodas dianteiras. Assim, o motorista ganha uma proteção a mais e fica protegido por várias camadas de blindagem. Além disso, a posição de bruços reduz o risco de o motorista sofrer alguma lesão ao fazer manobras extremas. Para completar, o Tumbler ganhou um par de metralhadoras montadas no nariz do carro entre as rodas dianteiras.
 
Em 2008, o Tumbler voltou a telona em Batman: O Cavaleiro das Trevas, também de Nolan, com algumas mudanças. Foi criado um sistema de controle remoto, permitindo que o carro funcionasse sem que Batman estivesse nele. Pintado de preto e na versão camuflada, o veiculo era capaz de fazer rotas básicas, disparar armas não-letais e de desviar a atenção dos "inimigos" com rotinas pré-programadas como "intimidar".

 
 

Assim como o Batmóvel de Batman - O Retorno, o Tumbler podia se transformar em um veículo de fuga para Batman. Neste caso, o resultado foi o Bat-Pod, um tipo de motocicleta aberta formada pelas rodas dianteiras do Tumbler.
 
Em 2012, o Tumbler reapareceu mais uma vez nos cinemas em O Cavaleiro das Trevas Ressurge e no documentário The Batmobile Documentary, que mostra a evolução do Batmóvel, desde os quadrinhos até seus últimos filmes. A produção foi lançada em DVD e Blu-ray no último trimestre de 2012.  

*Com informações de: BatmobileHistory.com, IMDb.com, Warner Bros.

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