Itapema FM | 09/05/2014 08h31min
O Sequestro de Malick é o novo curta-metragem lançado pela produtora Guarda Filmes, liderada pelos irmãos Fábio e Fabrício Porto, de Joinville. A exibição de estreia é neste sábado, às 20 horas, no teatro do Sesc da cidade. O audiovisual tem apoio do Mecenato do Sistema Municipal de Desenvolvimento pela Cultura de 2012.
A produção de ficção, a segunda do gênero dirigida por Fábio Porto, embarca no suspense em torno do sequestro de um agente financeiro de um laboratório farmacêutico, Daniel, interpretado pelo ator Samuel Kühn. O personagem acorda preso a uma cadeira e um homem a sua frente o obriga a passar informações para realizar transferências bancárias.
O diretor e roteirista Fábio Porto, que esteve à frente de documentários como Cena 3 e Educação, lançou em 2012 seu primeiro longa de ficção. Infância de Monique foi executado de forma independente. Neste ano, a produção foi selecionada para circular no Estado pela rede Sesc de Cinema.
O novo trabalho tem direção de fotografia de Fabrício Porto, iluminação de Flávio Andrade, direção de arte de Nilton Tirotti, desenho de som da Ocotéa e direção de produção da Essaé.
Confira uma entrevista com o diretor Fábio Porto:
O teaser de O Sequestro de Malick tem um ar de suspense. Que tipo de história o público pode esperar?
Fábio Porto – Realmente, o teaser remete para o suspense e é exatamente o foco que ele tende a abordar. Mas a trama tem um porém a mais. Ela te leva para a psicologia do personagem que discute sobre sua ética consciente e inconsciente.
Quais os aprendizados deixados por Infância de Monique? A experiência de trabalhar com ficção tem sido diferente?
Porto – Tenho apenas dois documentários e minha preferência sempre foi pela ficção. Infância de Monique foi uma experiência singular que deixou um aprendizado sem tamanho. Só depois de ter contato com uma produção de longa-metragem que você sente a diferença tremenda que não se resume a simples duração do vídeo, mas sim a todo um contexto de amarração de dramaturgia que se dá perante uma história mais longa... A partir daí você consegue reconhecer melhor a importância da apresentação dos personagens, os conflitos secundários e toda a dimensão da estrutura de um filme de longa-metragem que pode fazer o espectador se interessar pela história.
O nome Malick faz referência ao diretor norte-americano (diretor de filmes como A Árvore da Vida)?
Porto – Não, ou talvez veio do subconsciente, mas a princípio não tem nada a ver com o personagem em si. Foi mais pela sonoridade do título.
É mais caro ou mais limitado tecnicamente para se produzir um audiovisual em Santa Catarina em relação aos grandes centros do País?
Porto – Não sei se é mais caro de se produzir em outros centros. Como possuo equipamento próprio, se torna muito relativa essa perspectiva de ser mais caro ou barato. A questão é que você pode gastar R$ 10 mil ou R$ 100 mil numa mesma produção. Se você levar em conta a fabricação de cenário e não locação, confecção de figurino em vez de aluguel. Enfim, tudo pode ser mais caro ou mais barato, mas isso não quer dizer que o mais caro é sempre o melhor. No Malick, por exemplo, tínhamos uma locação que seria inimaginável construir... e ela estava lá pronta para ser usada. (No curta foram usadas como locações uma fábrica abandonada em Guaramirim, o edifício Hannover e o escritório da Mágica Comunicação).
Quais são os caminhos que o curta deve seguir após a estreia?
Porto – O primeiro passo é a “via crúsis” dos festivais nacionais e internacionais. Depois de um ano podemos pensar em vender para alguma emissora de canal fechado ou cineclubes pelo País.
AGENDE-SE
O QUÊ: lançamento do curta O Sequestro de Malick.
QUANDO: sábado, às 20h.
ONDE: Sesc de Joinville, rua Itaiópolis, 470, América.
QUANTO: entrada gratuita.
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