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Itapema FM  | 28/04/2014 11h58min

Confira entrevista com o pianista Christian Brenner, atração desta quarta no Jurerê Jazz, em Florianópolis

Músico francês falou sobre seu trabalho mais recente e sobre a cena jazzística da Capital

Marina Veshagem, especial para o Diário Catarinense  |  variedades@diario.com.br

Na próxima quarta-feira o pianista e compositor francês Christian Brenner se apresenta em Florianópolis no dia internacional do jazz, 30 de abril, integrando a programação especial do Jurerê Jazz Festival, no Jurerê Open Shopping. No show da banda Christian Brenner Unit, produzido pela Aliança Francesa de Florianópolis, o músico estará ao piano, acompanhado de Stéphane Mercier no saxofone alto e na flauta transversa, Arnou de Melo no contrabaixo, Mauro Borghezan na bateria e Cassio Moura no violão.

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- Minhas inúmeras viagens à Florianópolis e os 25 anos de concertos em paris permitirão que vocês descubram um jazz inédito e elaborado, no qual os ritmos e musicalidades brasileiras e europeias se fundem com apetite, sensibilidade e coesão em uma música ora delicada, ora incandescente - afirma Brenner.

Com uma carreira de mais de dois mil shows em Paris, Brenner é membro ativo e inquestionável do jazz vivo parisiense. Seu trabalho tem como eixos suas composições e outros sucessos consagrados. Ele propõe uma música representativa de um jazz europeu melódico e “interplay”, com um estilo pessoal clássico e romântico, que permite inclusive momentos de improvisação e interação.

>> Ouça:


Confira entrevista exclusiva concedida à jornalista Marina Veshagem, especial para o Diário Catarinense.

Como foi sua trajetória como músico e que o levou a escolher o jazz como gênero de trabalho?

Eu sou músico profissional há mais de 30 anos, já toquei em diferentes grupos de “word music” (soul, afro funk, salsa e chanson française) nos quais atuei como pianista cantor durante oito anos. Foi este tipo de música que me trouxe ao jazz, graças a autores franceses como Claude Nougaro, Serge Gainsbourg ou ainda Boris Vian. É certamente ela que também me aportou certo senso de melodia. Desde meus 30 anos, eu me dedico ao piano, ao jazz e à composição. Desde então eu compartilho minha vida musical entre meus projetos originais e os clássicos do jazz que adoro tocar.

Como você vê hoje a cena de jazz em Florianópolis?

A cena de jazz se desenvolve graças a músicos excepcionais, guitarristas e belas sessões rítmicas (contrabaixo e bateria). Por outro lado, faltam aqui alguns solistas vocais, saxofone ou trompete, que são os instrumentos ponto alto do jazz. Mas há boas escolas de música e é apenas uma questão de tempo. A cena de jazz se desenvolverá com os lugares que poderão acolhê-lo, que ainda não são muito numerosos.

Qual a importância, nesse contexto, de um festival como o Jurerê Jazz?

Eu vejo neste festival uma verdadeira direção artística. É a segunda vez que eu toco no Jurerê Jazz e logo de cara eu percebi a importância que a direção dava à sua programação. O resultado é esse: magníficos momentos de música com raízes culturais brasileiras e também de outros continentes. O jazz é uma música híbrida, ela absorve influências sem dominar e se desenvolve no contato com o outro. O início desse trajeto do jazz foi a África, depois a América Latina, a Europa ocidental e oriental, e a viagem continua.

Fale um pouco sobre seu trabalho profissional mais recente?

Hoje trabalho com um projeto franco-brasileiro com as minhas composições. É um belo encontro que proporciona a mim, e a todos os envolvidos, excelentes sensações de partilha e de prazer, pois a música é viva, aberta. Os músicos deste projeto são particularmente motivados, eles acolheram minhas composições com muita humildade. Eles são excelentes instrumentistas e artistas por direito, eu aprendo com eles a cada concerto, pois eles são também músicos cultos, atentos, elegantes e generosos. Para mim, essas são as qualidades primordiais para tocar e compartilhar o jazz.

O que preparou para o show desta quarta em Florianópolis?

Nós vamos tocar um repertório de composições originais. A Aliança Francesa me permitiu seguir esse projeto ao qual estou engajado. Eu divido minha vida entre Paris e Florianópolis há mais de dois anos e todas essas composições falam disso: de amor, de amizade, de estar em dois países ao mesmo tempo. Elas podem evocar a nostalgia, a dificuldade de comunicação, mas também a alegria que proporciona a viagem, a descoberta de um país, de uma cultura. Tenho sorte por conhecer e reconhecer todas as emoções por ser esse viajante franco-brasileiro. Nós vamos gravar um CD nas próximas semanas e esse show de 30 de abril é o começo de uma aventura musical e humana que desejo que nos seja longa e enriquecedora.

:: Agende-se

O quê: show de Christian Brenner Unit
Quando: quarta-feira, 20h
Onde: Jurerê Open Shopping (Av. Das Raias, 400, Jurerê, Florianópolis)
Quanto: gratuito

Informações: (48) 3222-8925

VARIEDADES DC
G Gondin / Divulgação

Pianista é uma das atrações do International Jazz Day na Capital
Foto:  G Gondin  /  Divulgação


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